Por Natalia Cesana (da Redação)
Para muitas pessoas sem casa, a companhia de um animal é o lar que elas têm: amizade, família e uma presença constante em uma existência instável. É de partir o coração quando um desabrigado perde o animal que é tudo para ele. E que alívio quando eles se reencontram.
As emocionantes histórias de dois sem-teto que não medem esforços por seus cães foi publicada esta semana no Care2.
James & Handover
Felizmente foi assim que a história de James Bryant terminou. O pit bull Handover é sua “alma e coração”. O cão de cinco anos sumiu em Hudson, na Florida, EUA, no dia 8 de maio. Um amigo de Bryant e outras pessoas espalharam cartazes pela vizinhança até que um casal que havia achado Handover viu um desses panfletos. Logo, o homem e o cachorro se reencontraram.
“Eu cai de joelhos e chorei como um bebê. Fiquei mal por duas semanas. Toda manhã, eu levantava e ele não estava aqui. É como perder um filho”, contou Bryant.
O desaparecimento de Handover foi especialmente doloroso porque o animal era uma lembrança da esposa de Bryant, que pouco antes havia morrido de câncer de mama. Ela queria que o cachorro fizesse companhia ao marido depois que ela partisse.
Bryant e Handover receberam ajuda para sair das ruas e a primeira coisa que Bryant fez foi levar Handover ao veterinário para que ele recebesse um microchip.
Charles & Big Dog
Algumas vezes, a morte entra na vida de um desabrigado e seu cão. Esse foi o destino de um homem, mas ele não quis aceitá-lo.
Charles Gilliam e Big Dog, um cão de 11 anos, viviam nas ruas de Los Angeles quando o animal adoeceu. Ele estava letárgico e não comia.
Quando Gilliam levou-o ao veterinário, ele descobriu que Big Dog tinha um tumor e deveria ser sacrificado caso não pudesse arcar com US$ 2 mil para uma cirurgia.
O tutor recusou-se a desistir. Para arrecadar o dinheiro para os cuidados veterinários, Gilliam pediu esmola. Ele mostrava o cartão veterinário às pessoas para que elas doassem o dinheiro diretamente a ele.
A dupla teve sorte quando Jasmine Dustin, uma modelo e ativista pelos direitos animais, passava pela rua um dia. Ela divulgou o caso e começou a angariar fundos para os dois pelo Facebook. O grupo de resgate Cause4Paws também se juntou nos esforços. As centenas de dólares que Jasmine e a organização levantaram permitiram que Gilliam levasse Big Dog em outro veterinário, que deu outro diagnóstico.
De acordo com o supervisor do consultório, o ultrassom feito não acusou tumor nenhum. “Big Dog tem pedras no rim e artrite”, disse. Uma condição tratável e sem ameaça de morte no horizonte.
Graças à rede formada por Jasmine, Gilliam e Big Dog agora têm uma casa. A modelo também ajuda a garantir a alimentação especial que previne o desenvolvimento de novas pedras. O cachorro precisa também ser medicado para a artrite.
Gilliam quer retribuir a ajuda recebida. Ele e Jasmine planejam ir a Skid Row, um bairro de Los Angeles conhecido pelos altos níveis de desabrigados, para encontrar outras pessoas e animais que precisem de ajuda.
“Pelo que eu vejo, Gilliam tem um coração enorme e vive para ajudar os animais”, disse Jasmine.