Dois cães na fila do corredor da morte foram libertados no dia 10 passado, para o alívio de suas famílias, que lutaram durante meses e gastaram milhares de dólares para salvar as vidas de seus animais.
Brandie, uma Husky de 11 anos de idade, e Gigi, uma labrador de nove anos de idade, foram liberadas, vestindo focinheiras e um aviso de “cão perigoso’’.
As duas estavam entre pelo menos 59 cães condenados a morte sob ordem do condado de Broward, e estão entre os poucos que não foram sacrificados. Suas vidas provavelmente serão salvas, e suas sentenças substituídas.
Comissários do Condado de Broward, no estado da Flórida, disseram que irão revogar ou alterar a “lei de cão perigoso” que fez com que esses cães fossem enviados ao corredor da morte.
Ambas as famílias assinaram acordos onde desistem do processo contra o município, e concordaram que seus cães usassem focinheiras enquanto aguardam que a lei seja alterada.
No Welleby Veterinária Medical Center, em Sunrise, Brandie, a Husky que matou um Poodle chamado Jack, interagia com Rayna, a filha de dois anos de idade dos tutores.
“Vamos, Brandie”, disse Rayna, puxando sua coleira. Brandie estava no centro veterinário há sete meses.
Em Weston, Gigi, a labrador que matou uma Yorkie pequena chamada Bella, foi liberada também. Seu tutor, Thomas Austin, chamou “o fim de uma longa jornada. Ela perdeu peso, mas parece muito bonita como a Gigi de sempre”.
A lei do condado diz que se um cão está fora da propriedade em que mora e fere seriamente ou mata uma pessoa ou um animal doméstico, sem provocação, ele é sentenciado à morte.
Esta lei é mais rigorosa que a lei estadual, que exige dois ataques graves ou morte antes que um cachorro seja sentenciado de morte.
O drama de Gigi e Brandie, que estavam na coleira quando atacaram outros cachorros, chamou a atenção e a paixão dos amantes de cães em todo o condado de Broward, enviando e-mails a comissários do condado e se reunindo em frente à prefeitura. Uma mulher chegou a pedir ao governador que perdoasse Brandie.
“A comunidade nos colocou sobre os seus ombros’’, disse Beth Lipsky, tutora de Brandie. Ela e seu marido resgataram Brandie da Humane Society, há sete anos. “Brandie é um membro da família para nós, quem desiste de sua família?’’, disseram.
Um terceiro cão no corredor da morte canina de Broward, uma pitbull chamada Mercedes, que matou um gato, continua sob custódia, mas seu tutor ainda não desistiu de lutar por ela.
A Comissão do Condado de Broward, liderada pelos Comissários, Chip Lamarca e Rodstrom João, disse que pretende reescrever ou revogar a lei do cão perigoso.
Brian e Brenda Gato, os tutores do cachorro morto por Gigi, disseram esperar que a lei seja alterada para tornar mais claro e mais facilmente aplicadas.
Brenda disse que a punição deve ser dirigida para o tutor e não ao
animal. Ela disse que os tutores de cães perigosos devem pagar restituição às vítimas.
“Eu estou contente que Gigi continua viva’’, disse Brenda Gato. “Eu ainda sinto falta de Bella e penso nela todos os dias. Ela nunca será substituída”.
Fonte:Gazeta Brazilian News