Os brasileiros Elito Goulart, 47, e Lucas dos Santos, 25, foram enviados de volta para o Brasil. Eles foram acusados, junto com outras 16 pessoas, de participar de uma rinha de canários em Shelton, Connecticut (EUA). Quando soube da deportação dos dois, a promotora não quis mais dar continuidade ao caso deles.
De acordo com o jornal New Haven Register, o pedido de encerramento das acusações contra Elito e Lucas foi entregue na Corte Superior na terça-feira (24). Segundo a promotora Marjorie Sozanski, a imigração foi consultada pela promotoria estadual, quando então tomou conhecimento da deportação dos dois brasileiros.
Sozanski tratou então de dar o caso deles por encerrado, por meio do nolle prosequi, o que significa que o estado decide não mais atuar num caso. Ainda conforme a promotora, o estado não quis entrar com um pedido de extradição.
A megaoperação que resultou na prisão de 19 brasileiros ocorreu em julho do ano passado. Junto com Elito (Bridgeport) e Lucas (Newark) estavam Gilson Gonçalves, 31, Getúlio Serra, 62, Rogério de Carvalho, 35, Sebastian Andrade, 37, Ricardo Almeida, 29, Agostinho Gondinho, 35 e Raimundo Nonato, 51, todos de Danbury. Os outros presos são Jurames Goulart, 42 (Shelton), Odeco dos Santos, 43 e Marcos Teles, 36, ambos de Newark, Geraldo Teixeira, 43 (Kearney), Auder Gontijo, 43 e Celco Soares, 33, de Marlboro, Welson Sales, 38 e Welson Morais, 26, de Framingham, e Waldiney Almeida, 29, de Holbrook.
Fuga, reabilitação e corte
Massilon de Paula, 32, também foi preso na operação, e fugiu para o Brasil no final de julho. Ele tinha uma dívida para com a imigração americana, pois foi pego há 10 anos, quando cruzava a fronteira com o México. Gilson Gonçalves chegou a ficar sob a custódia da imigração, depois da prisão em Shelton, mas foi liberado.
Todos os 19 brasileiros foram acusados de crueldade com animais e de jogo ilegal. A casa em Shelton, pertencente a Jurames, continha centenas de pássaros e cerca de $8,000 em dinheiro. Muitos dos canários da terra utilizados na rinha estavam feridos.
A maioria dos acusados está frequentando uma programa de reabilitação acelerada. Se conseguirem completar o programa, terão as acusações retiradas.
O caso de Jurames Goulart ainda está em andamento. No dia 3 de dezembro ele enfrenta nova audiência.
Fonte: Comunidade News