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Doenças sexualmente transmissíveis atingem cães e gatos

27 de outubro de 2018
3 min. de leitura
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Foto: Pixabay

Você já ouviu falar que cães e gatos podem ser vítimas de doenças sexualmente transmissíveis? Pois é, nossos animais estão em risco em algumas situações, principalmente porque as DSTs evoluem para casos mais sérios como abortos e tumores que podem levar à morte.

Os animais domésticos podem pegar vírus e bactérias através do acasalamento ou até mesmo durante um passeio no parque ou na rua. Um tumor venéreo transmissível pode afetar principalmente cães que vivem nas regiões urbanas. Ainda não se sabe a causa do Tumor de Sticker, mas ele surge por causa de um vírus transmitido pelo contato com os órgãos sexuais de animais afetados. Em um passeio, por exemplo, os cães têm o hábito de lamber e cheirar a região genital de outros animais.

Os sintomas dessa DST são visíveis. Os cachorros desenvolvem nódulos e tumores na região genital e em mucosas, como boca e narinas. Há sangramento e dor, fazendo com que o animal deixe de comer e urinar.

“Felizmente, há um tratamento com 90% de chances de cura da doença”, afirma Livia Romeiro, veterinária do Vet Quality Centro Veterinário 24h. Para a cura, o animal passa por uma cirurgia para retirada dos tumores e tem de fazer quimioterapia. As sessões causam efeitos colaterais, como perda de pelos, anemia, febre e problemas gastrointestinais.

Outra doença sexualmente transmissível pode afetar cães e gatos. A bactéria Brucella Canis ou Brucella abortus penetra em qualquer mucosa do animal, como ânus e boca, causando sintomas difíceis de serem percebidos. Nas fêmeas, a doença causa inflamação uterina e aborto. Nos machos, há inflamação do saco escrotal e esterilidade.

A partir do momento que o animais é infectado pela brucelose, já transmite para outros através do acasalamento, contato com o sêmen ou urina de animais contaminados. No parto, os filhotes são contaminados e, caso ocorra um aborto, o material expelido também será contagioso.

Para o tratamento dessa DST, é recomendada a castração. Porém, mesmo após a retirada dos órgãos reprodutivos, a contaminação continua acontecendo. Isso faz com que alguns veterinários indiquem sacrificar o animal.

Para evitar o sofrimento dos nossos animais, o melhor caminho é a prevenção. É preciso evitar o contato do animal com os agentes causadores das doenças. Se o tutor está pensando em cruzar o animal, é necessário a realização de exames para assegurar que ele está saudável e solicitar ao tutor do parceiro que faça o mesmo, minimizando o risco de adquirir doenças durante o ato sexual.

Durante o cio das fêmeas, não permitir que machos desconhecidos se aproximem e certificar que ela está em um local seguro. No caso dos gatos, os animais costumam fugir de casa e podem acasalar até mesmo entre frestas no portão em minutos.

No dia a dia, tome cuidado nos passeios. Não há nada de errado socializar com outros animais, mas nada de cheirar ou lamber as áreas genitais dos cães desconhecidos, pois não há como saber se o animal é ou não saudável.

Se o pet estiver doente em casa, isole-o dos demais cachorros durante o tratamento e o período de contaminação da doença. Pergunte ao veterinário quando a reaproximação deve acontecer, protegendo o animal sadio.

Fonte: Estadão

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