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Doença sexualmente transmissível ameaça a sobrevivência dos coalas, na Austrália

13 de fevereiro de 2011
2 min. de leitura
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Por Vanessa Perez  (da Redação)

Foto: Reprodução/Animals Change

A clamídia não é apenas uma doença sexualmente transmissível em humanos, é também uma das principais ameaças aos coalas da Austrália, um especialistas acredita que isso pode levar a espécie à extinção.

A Australian Koala Foundation espera usar a educação como principal ferramenta para ajudar os animais, mas também lançou uma campanha pedindo ao Ministro do Meio Ambiente para proteger os coalas. O grupo está determinado a convencer o governo australiano a usar seu poder para salvar a espécie.

Embora não esteja totalmente claro como a clamídia infectou pela primeira vez os coalas, os cientistas entendem que o estresse provoca as doenças associadas a esta. De acordo com o Australian Koala Foundation, 80% do habitat do coala foi destruído e boa parte dos 20% restantes não está protegida, assim o estresse da perda do habitat trabalha lado a lado com a ameaça da clamídia.

A AKF do grupo”Militantes dos Coalas” expõe a dura verdade do que o “desenvolvimento” humano tem feito para a espécie. Eles apontam que dez milhões de coalas viveram na Austrália a apenas 220 anos atrás, e agora existem menos de 85.000. Escrevendo cartas para organizar comícios, os militantes dos coalas não irão parar até que os coalas e suas terras estejam protegidas.

AKF explica que a conjuntivite, pneumonia, infecções do trato urinário e infecções do trato reprodutivo (que pode causar infertilidade na fêmea) são quatro doenças observadas nos coalas e que são causadas pela clamídia. Estima-se que 40% dos coalas fêmeas são inférteis devido à doença.

E, como o seu habitat desaparece, as populações livres de doenças são forçadas a viver mais e mais próximo às populações doentes.

Segundo informações da Animals Change, os pesquisadores acreditam que 50 a 80% dos coalas estão carregando a clamídia, e se a vacina não for dada logo, os coalas não existirão mais dentro de poucas décadas. No entanto, alguns pesquisadores e ativistas estão apreensivos sobre uma possível vacina que a Universidade de Tecnologia de Queensland está trabalhando. Eles temem que a vacina possa prejudicar o aparelho digestivo dos coalas, que poderia trazer problemas ainda maiores do que a clamídia.

A Australia Zoo Wildlife Warriors , uma organização dedicada à conservação da natureza, está tentando resolver o problema da melhor maneira possível com as ferramentas limitadas que tem contra a epidemia. Infelizmente, eles afirmam que os coalas com danos reprodutivos graves ou em estado terminal da doença serão sacrificados.

Apesar de grupos de defesa e pesquisadores australianos estarem tentando encontrar uma solução, o governo falhou em não proteger  adequadamente a espécie.

Assine aqui uma petição pedindo ao governo australiano maior proteção aos coalas.

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