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Doença prejudica o coração e põe em risco a vida dos animais

10 de fevereiro de 2010
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Muitas pessoas incluem seu animal de companhia na rotina de atividades físicas. Andar, correr ou pedalar com o cão traz benefícios tanto ao tutor quanto ao pet. Embora este hábito seja benéfico, especialistas alertam sobre a necessidade de observação da disposição do animal. “Com o avanço da idade, a probabilidade de um cão apresentar algum problema cardíaco pode aumentar, no entanto alguns sintomas de cardiopatia podem surgir também em animais jovens ou filhotes. Neste caso, é bom estar atento, pois o cão pode estar com dirofilariose”, afirma Leonardo Brandão, doutor em medicina veterinária e gerente de produto da Merial Saúde Animal.

A dirofilariose é uma doença causada por um verme, Dirofilaria immitis, que se aloja no músculo cardíaco e artérias pulmonares de cães, gatos, canídeos, e felinos silvestres podendo até fixar-se no pulmão humano. “No Brasil a incidência da dirofilariose é muito variável, mas é maior em áreas litorâneas, onde há melhores condições para o desenvolvimento do mosquito vetor. Após a picada do mosquito, a larva de Dirofilaria immitis penetra pela pele, chegando à corrente circulatória, indo se alojar finalmente no coração e grandes vasos pulmonares, lá podendo chegar a até 35 cm. Isto prejudica a passagem do sangue intensificando o trabalho do coração. Com o decorrer do tempo, haverá enfraquecimento e, consequentemente, dilatação do músculo cardíaco”, explica Leonardo Brandão.

Os sintomas da doença começam a aparecer quando ela já está em um estágio avançado. “Se durante o exercício, ou mesmo durante atividades normais, um animal que não é vermifugado, ou não vai a um veterinário com frequência, começa a apresentar sintomas como dificuldade para respirar, perda de peso, prostração, cansaço, tosse e aumento do abdômen, pode estar com a doença”, explica o especialista.

As chuvas favorecem a reprodução de mosquitos transmissores, isto porque umidade, calor e água parada oferecem as condições ideais para a proliferação deste tipo de inseto. “Antes de praticar atividades físicas ou viajar com o animal de companhia é ideal que os tutores verifiquem a última vermifugação de seu cão e consultem um médico veterinário. Isto porque cachorros infectados podem alastrar a doença para novas regiões. A dirofilariose é grave, pode ser fatal aos cachorros e ainda traz riscos à saúde dos tutores. Esse parasito é incapaz de completar seu ciclo de vida no homem, porém pode se alojar nos pulmões, onde fica encapsulado”, completa Leonardo Brandão.

“O tratamento da dirofilariose é complicado e põe em risco a vida dos cães, no entanto, a prevenção pode ser feita de maneira simples e eficaz. São administrados medicamentos que funcionam impedindo que a larva transmitida pela picada do mosquito complete seu ciclo no animal. Assim, impede-se a evolução da doença”, ressalta o Dr. Leonardo.

“Para se iniciar o tratamento preventivo, deve-se testar os cães inicialmente. Animais que nunca receberam tratamento preventivo contra a dirofilariose devem ser levados primeiro ao médico veterinário para que ele possa avaliar o animal e solicitar exames específicos”, conclui.

Para manter os cães protegidos contra a dirofilariose e ainda outros vermes intestinais, existem remédios como o Cardomec Plus, feito pela empresa Merial Saúde Animal. À base de ivermectina, e pamoato de pirantel Cardomec pode ser administrado em fêmeas gestantes, filhotes a partir de 6 semanas de idade. O tratamento é simples, administrado por via oral.

Fonte: Itu

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