Por Walkyria Rocha (da Redação)
Salmão Confidencial é o novo documentário contundente trazido até ao público pelo grupo estabelecido na província da Columbia Britânica (Canadá), Departamento do Salmão Selvagem. Ele revela a tentativa do governo de esconder informações cruciais que ameaçam o futuro do salmão na região. As informações são do Animal Voices.
No filme, a proeminente bióloga e ativista Alexandra Morton exibe provas de que a piscicultura é responsável pela propagação de doenças mortais para as populações selvagens. Ela denuncia que os governos sabem disso, mas estão negando ativamente porque admitir a verdade seria o fim da criação de peixes em rede aberta e significaria uma moratória para o comércio internacional de salmão da BC.
Porém, existem alguns pontos sobre o filme que qualquer vegan ético não poderia deixar passar. Um deles é que nem o cineasta nem a bióloga mencionam o imenso sofrimento que o salmão doente ou o de viveiro, devem estar enfrentando. Além do mais, especialmente no final do filme, a mensagem de que “o salmão está aqui para nos servir” é forte. Eu respeito o fato de que o salmão faz parte da dieta dos ursos, águias, orcas, e das primeiras nações costeiras, mas também acredito que o salmão tem seu próprio valor e desejos inerentes, além de ser apenas ser “alimento”. Com essa ressalva, o salmão ainda merece nossa proteção e eu recomendo o filme.
Apoiar o salmão selvagem da Costa Oeste e se manter contra a criação de peixes é algo que os defensores dos direitos dos animais precisam fazer. Proteger a Costa Oeste selvagem é um tema diante do qual pessoas de diferentes origens podem mostrar solidariedade.
Mesmo que os defensores do salmão não enxerguem todo o problema, essa questão necessita de todas as vozes possíveis e clamo aos ativistas e defensores vegan para se unirem às Primeiras Nações e a ativistas como Alexandra Morton para compartilhar este filme e esta mensagem a todos.
O Departamento do salmão selvagem é um ativismo de base científica fundada na ideia de que não podemos depender de governos para fazer o que é certo quando se trata de proteger a vida selvagem.
“Nós reconhecemos o salmão selvagem tão perfeito e para restaurá-los simplesmente precisamos adaptar o nosso comportamento permitindo-lhes o máximo de fluxo livre dentro da capacidade que a sociedade pode permitir”, declara o grupo.