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Disputa por tutela de cão vai parar na delegacia em Ribeirão Preto

28 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Quem esteve na Central de Flagrantes da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (27), na rua Duque de Caxias, no Centro de Ribeirão Preto, se surpreendeu com a presença de um cachorro da raça Cocker, com aproximadamente 6 anos, na sala de registro de ocorrências.

Professora Laodiceia e o filho, Davi Martins, dizem que cão se chama Beethovem. (Foto: Divulgação)
Professora Laodiceia e o filho, Davi Martins, dizem que cão se chama Beethoven. (Foto: Divulgação)

O Beethoven, ou Pooh, é alvo de disputa entre uma professora de 35 anos e uma auxiliar de produção de 33 – as duas moram no Parque Ribeirão, na zona Oeste. Elas alegam ser a tutora do animal e pretendem levar a disputa às últimas consequências.

A professora Laodiceia Martins, que ficou com o cachorro, pelo menos por enquanto, diz ter o animal há 6 anos, mas que há cinco meses não tinha notícias do paradeiro dele.

“O Beethoven é do meu filho [Davi Martins, de 16 anos]. Ele fugiu há cinco meses. Nós procuramos, mas não conseguimos encontrá-lo mais”, disse a professora.

Segundo Laodiceia, o reencontro aconteceu apenas na manhã desta sexta.

“Eu estava indo trabalhar. Quando passei pela avenida Cásper Líbero, encontrei uma mulher caminhando com o Beethoven”, disse a professora.

Foi nesse momento que se iniciou uma discussão, que só terminou na delegacia. “Mostrei as fotos postadas nas redes sociais e com a documentação que comprova que o ‘Pooh’ [como o cão era chamado pela outra mulher] vive com a nossa família”, declarou a mulher.

Ganhou de um amigo

Ao contrário do que diz Laodiceia, a auxiliar de produção Barbara Kate Fonseca garante que o Cocker se chama Pooh, o mesmo nome do ursinho do desenho.

“Ganhei ele de um amigo que trabalhou comigo há dois anos. Há uns meses ele fugiu e ficou 4 ou 5 dias desaparecido, mas nós reencontramos ele depois. Acho que foi nesse período que a mulher pegou ele”, explicou ela.

Segundo a auxiliar de produção, os dois filhos dela – Davi, de 12 anos, e Yuri de 8 – estão desesperados com a ausência do cachorro.

“Eu expliquei o que está acontecendo, mas eles choraram bastante”, disse.

Barbara garante que assim que a pessoa que lhe deu o Pooh retornar de viagem, vai voltar à delegacia e provar que o cachorro é da família dela.

“Vou apresentar a documentação, que acabou ficando com ele”, garantiu a auxiliar de produção.

ONG dá dicas para evitar problemas

Segundo a presidente da ONG Cãopaixão, Ana Claudia Garcia Vicente, a família que ficar sem o Pooh (ou Beethoven) pode adotar outro cachorro. “Nós temos no nosso site [caopaixao.org.br] uma lista de animais disponíveis para adoção”, explicou Ana Cláudia. “Promovemos entre 12 e 16 adoções todos os meses”, acrescentou.

Ela ressalta a importância de sempre deixar os animais com coleira, para evitar que casos como esse se repitam.

“Primeiro, temos que tomar todo o cuidado para evitar as fugas. Mas a simples providência de colocar na coleira um telefone para casos de fuga pode evitar problemas mais sérios”, disse a presidente.

Segundo Ana Cláudia, não existe uma legislação específica para determinar quem é o tutor dos animais. “A polícia tem que colher provas, como fotos antigas e postagens na internet para descobrir o tutor”, avaliou.

Cão Paixão

A ONG foi criada para unir protetores em ações no combate aos maus-tratos contra animais, em outubro de 2009. A Cãopaixão também oferece serviços virtuais. No site da ONG é possível anunciar animais perdidos, além de ver cães e gatos para a adoção.

Com informações de A Cidade.

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