O EPCOT, um dos parques do Walt Disney World, está removendo todos os golfinhos vivos de sua atração temática do filme Procurando Nemo. Entretanto, os golfinhos serão realocados em outro aquário.
Apesar da Disney afirmar que está priorizando o bem-estar dos golfinhos, eles serão transferidos para o Gulfarium Marine Adventure Park, na Flórida, no final de outubro. O aquário explora os animais em apresentações acrobáticas.
É possível que o Walt Disney World não queira perder conexões com empresas, como Thomas Cook, Tripadvisor, British Airways e Expedia, que são grandes no meio turístico e cortaram laços com atrações que mantêm golfinhos, baleias e orcas em cativeiro. Enquanto isso, o parque finge querer o melhor para esses animais.
Realocar os golfinhos em um novo aquário apenas perpetua o ciclo de cativeiro e vai contra os princípios de liberdade. Se a Disney realmente se importasse com o bem-estar deles, eles seriam levados para um santuário.
A Disney também anunciou que a transferência de um famosos peixe-boi chamado Lou, que também ficava aprisionado no parque, para um centro de reabilitação diferente. Os peixes-boi presentes no EPCOT têm uma estadia temporária para a reabilitação e recuperação após serem feridos na natureza, para onde voltam no fim do tratamento.
“Embora sintamos muita falta de Lou, estamos ansiosos para ajudar esse outro peixe-boi na próxima etapa de sua reabilitação, à medida que continuamos a fazer nossa parte para enfrentar a crise dos peixes-boi na Flórida, que viu a diminuição das populações de peixes-boi nos últimos anos”, explicou a empresa.
Nota da Redação: A decisão da Disney de transferir os três golfinhos para outros aquários perpetua a exploração desses animais em cativeiro, colocando os interesses do entretenimento acima do bem-estar animal. Manter animais altamente inteligentes como golfinhos em aquários não só limita seus comportamentos naturais, mas também expõe esses seres a um ciclo contínuo de estresse e privação.
Apesar de alegar que as mudanças são motivadas por questões de infraestrutura e reabilitação, a transferência apenas reforça a exploração de animais marinhos como atração, em vez de priorizar sua libertação para ambientes naturais ou santuários onde possam viver sem a pressão do confinamento.
O foco deveria estar em reabilitar e devolver esses animais ao seu habitat em santuários, em vez de transportá-los entre aquários, perpetuando o cativeiro. A Disney, ao invés de liderar iniciativas progressistas de proteção e bem-estar animal, como está alegando, continua a apoiar um modelo de exploração que ignora os direitos desses animais de viverem livres, contribuindo para uma indústria que coloca o entretenimento humano acima da vida animal.