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HOMENAGEM

Diretor de 'Flow' agradece Oscar a seus cachorros e gatos

3 de março de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Gints Zilbalodis, diretor de “Flow”, o filme que ganhou o Oscar de melhor animção, agradeceu a seus cachorros e gatos pelo maior prêmio que o cinema da Letônia já ganhou em sua história. A expectativa no país era enorme, desde que o longa-metragem venceu o Globo de Ouro — que, por sinal, estava exposto no Museu de Arte Nacional.

“As pessoas ficam uma hora na fila para ver o troféu”, disse Zilbalodis ao GLOBO em fevereiro, quando o filme estreou no Brasil. “É a maior bilheteria da história da Letônia (onde a produção vendeu mais de 300 mil ingressos e arrecadou US$ 1,8 milhão nas bilheterias), superando os filmes de James Cameron ‘Avatar’ e ‘Titanic’. É louco porque não é um blockbuster típico. Como em muitas partes do mundo, na Letônia o público geralmente prefere os grandes filmes de Hollywood, sem espaço para esse cinema independente de animação”.

A história

“Flow” conta a história de um gato solitário que tem o lar destruído por uma grande inundação e precisa buscar refúgio num barco habitado por diversos outros animais.

“Tudo começou quando eu estava no colégio. Aos 15 anos, tinha dois gatos e fiz um curta sobre um gato que tinha medo de água. Quando fiz meu primeiro longa (“Longe”, em 2019), trabalhei sozinho. O filme foi um sucesso, então tive a oportunidade de conhecer muitos produtores e financiadores e a chance de trabalhar em maior escala, com uma equipe maior. Então, fiquei com a vontade de falar sobre esse personagem que costumava ser muito independente e que precisa trabalhar em equipe, porque era o que eu estava passando”, diz.  “Resolvi revisitar a história desse gato, adicionando outros personagens”.

Foto: Patrick T. Fallon / AFP

O cineasta acredita que um dos fatores que explicam o sucesso do filme é o fato de não trazer diálogos, com os animais se movimentando e se comunicando como na vida real (o cão late, o gato mia, e por aí vai…). Ele acha que isso torna mais fácil a identificação das pessoas com os personagens.

“Queria que os animais se comportassem como animais reais, sem falas, com movimentos naturais. Vemos o filme imaginando nossos próprios animais, o que torna tudo mais impactante. Já tive gatos e cachorros e amo os dois”, aponta.

Completam a escalação de animais, que embarcam na jornada ao lado do gato, uma capivara, um lêmure e uma garça. Diferentemente do gato e do cachorro, para os quais se baseou em experiências próprias com os animais, Zilbalodis fez questão de estudar seus outros animal para evitar caracterizações muito fora da realidade. Ele fala com carinho sobre a capivara.

Fonte: O Globo

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