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Direto da Nasa: satélites vão proteger as baleias azuis

28 de julho de 2015
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Baleia azul está ameaçada de extinção (Crédito: Craig Hayslip/Oregon State University) Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/ethevaldo-siqueira/2015/07/26/DIRETO-DA-NASA-SATELITES-VAO-PROTEGER-AS-BALEIAS-AZUIS.htm#ixzz3gySRQKwH
Baleia azul está ameaçada de extinção
(Crédito: Craig Hayslip/Oregon State University)

A baleia azul (Balaenoptera musculus) é um animal fascinante. Mas ela está ameaçada de extinção. Uma notícia divulgada pela Nasa nesse fim de semana nos dá novas esperanças de salvar ou, pelo menos, de trazer maior proteção a esse mamífero marinho, que é o maior animal que já existiu em toda a história da Terra.
Os números são assustadores e mostram o que está ocorrendo com as baleias azuis. No começo do século XX, a população mundial desses animais era de cerca de 240.000 baleias azuis. Hoje, não passam de 12.000 na melhor das hipóteses. Até 1910, sua caça era relativamente pequena. Ao longo de muitas décadas, mais de 80% da população mundial de baleias de todas as espécies e subespécies foram eliminadas pela caça predatória.
Bruce Mate, diretor do Instituto de Mamíferos Marinhos, da Universidade do Estado do Oregon, lembra que a baleia azul mede mais de 30 metros de comprimento e seu peso ultrapassa 100 toneladas. A cor de seu corpo é uma espécie de azul iridescente. Esse cientista tem catalogado e etiquetado baleias azuis desde 1979. Depois de 35 anos, ele ainda fala com paixão desses animais maravilhosos. Mas o ser humano – maior predador do planeta – é a maior ameaça à sua existência.
A maior parte das baleias azuis vive nos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Mesmo com proibições determinadas por acordos internacionais, alguns países, como o Japão, continuam a dizimar todas as espécies de baleias, inclusive as azuis.
Até o final deste ano, entretanto, uma nova ferramenta online desenvolvida pela Nasa ajudará a proteger espécies ameaçadas de extinção em colaboração com a Administração Norte-Americana Atmosférica e Oceânica ou, na sigla em inglês, NOAA (de National Oceanic and Atmospheric Administration). Essa ferramenta tem o nome de WhaleWatch (“observador das baleias”), que poderá ajudar na redução da mortalidade desses animais, em especial nos casos de colisão com barcos ou de baleias enroscadas em apetrechos de pesca.
Das 12.000 baleias azuis que ainda restam no planeta, um quarto delas vivem no Oceano Pacífico. A maioria delas, como acontece com outras espécies de baleias ameaçadas de extinção, migra ao longo do litoral da Califórnia, na rota de grandes navios de pesca e de tráfego entre os grandes portos de Los Angeles e São Francisco.
Essas baleias correm o risco de serem feridas por colidirem com esses navios maiores, além de se enroscar em armadilhas de pesca e que as impedem de alimentar-se ou mesmo de subir à superfície para respirar.
Como funciona a proteção
Num resumo extremo do projeto WhaleWatch, o artigo lembra que as baleias não são detectadas pelos satélites em escala global. Mas os cientistas sabem que elas se reúnem em determinadas áreas para deliciar-se com seu alimento predileto e quase exclusivo: os minúsculos camarões das águas frias conhecidos pelo nome de “krill”.
Mas os krills também não são detectáveis pelo satélite. A solução para localizar as baleias azuis é buscar onde estão as águas ricas em seus nutrientes, que permitem a procriação dos krills, nos momentos mais adequados. A melhor hora para isso é quando as águas frias profundas ricas de matéria orgânica afloram à superfície do oceano banhada pelo sol. Agindo como fertilizante, essa matéria orgânica cheia de nutrientes faz explodir a flora do fitoplâncton, cuja clorofila é visível do espaço.
Resultado: onde há clorofila no mar, deve haver nutrientes dos krills. E onde houver krills, as baleias azuis se reunirão em busca desse alimento. E isso ocorre, de fato, pois as baleias se reúnem em certos momentos do ano, nesses locais mais apropriados para seu banquete.
Fonte: CBN

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