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CONTAMINAÇÃO

Dique rompe e agrava impacto de vazamento de petróleo no Equador

Rompimento de um oleoduto que transporta óleo cru de uma área na Amazônia equatoriana até o litoral do país derramou mais de 25 mil barris.

29 de março de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Globovisión

O colapso de um dique que ajudava a conter parte dos mais de 25 mil barris de petróleo derramados pela ruptura de um oleoduto no dia 13 de março no noroeste do Equador agravou a emergência ambiental no país. O óleo atingiu pelo menos três rios da província de Esmeraldas, onde o duto se rompeu, e chegou a praias do Pacífico. Calcula-se que 500 mil pessoas foram afetadas.

Devido a intensas chuvas, um dique de contenção no rio Caple, que se conecta com outros córregos de Esmeraldas, desabou na 3ª feira (25/3), segundo a Petroecuador, petroleira estatal responsável pelo desastre. A companhia informou que instalou sete barreiras de contenção no rio Viche, onde máquinas retiravam pedaços de madeira contaminados com petróleo. Também foi colocado material absorvente nesse afluente, assim como nos rios Caple e Esmeraldas, que desembocam no Pacífico, relatam FolhaInfobae e SwissInfo.

Dada a gravidade do vazamento, o Escritório das Nações Unidas para Avaliação e Coordenação de Desastres (ONU-CIDH) enviou uma equipe a Quito, capital do Equador, para apoiar os esforços de mitigação dos impactos no rio Esmeraldas e nas comunidades ribeirinhas. Além da perda de abastecimento de água potável, essas populações correm risco de doenças respiratórias e gastrointestinais resultantes do contato com o óleo, destaca o Ecoportal.

O vazamento em Esmeraldas é um dos maiores derrames de petróleo dos últimos anos no país. O oleoduto SOTE tem 500 km de extensão e capacidade de transportar mais de 350 mil barris por dia, e as primeiras informações davam conta de que seu rompimento foi causado por um deslizamento de terra. Dias depois, o governo do país falou em “sabotagem”, sem apresentar provas. E, segundo a TeleSur, outro vazamento ocorreu no fim de semana passada em outro oleoduto, o Shushufindi-Quito, na província central de Napo.

Grandes derramamentos de petróleo não são incomuns no Equador, o que mostra a precariedade da infraestrutura petrolífera do país. Em 2022, cerca de 6.300 barris afetaram a Amazônia equatoriana, onde, dois anos antes, cerca de 16 mil barris haviam contaminado vários rios.

Fonte: ClimaInfo

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