EnglishEspañolPortuguês

Dieta vegetariana e crudívora é fonte de vitalidade

1 de agosto de 2010
3 min. de leitura
A-
A+
Sementes são geradores de vida (Foto: Thiago Gaspar)


Um verdadeiro quebra-cabeças para os médicos da área endócrino-metabólica se configurou de forma acentuada após estudos recentes terem revelado algo surpreendente: oito em cada dez pessoas pesquisadas que se encontravam acima do peso estavam desnutridas.


Esta informação tornou o combate da obesidade, problema que afeta grandes parcelas da população em todo o mundo, algo difícil de ser equacionado. Há tempos se entende que não só a obesidade ou a desnutrição, mas inúmeros outros agravos (alguns severos) acometem quem opta por uma alimentação inadequada, monótona e sem energia vital. Uma extensa lista de doenças decorre de excessos praticados à mesa e, sobretudo, de escolhas alimentares sem critério, conhecimento e consciência.


A hipoglicemia, por exemplo, um desses problemas que a medicina não conseguiu ainda tratar de forma satisfatória, tirou por completo as forças da médica Maria Luiza Branco Nogueira, ao ponto de não conseguir sequer levantar da cama. Já sem qualquer esperança de uma saída, a luz no final do túnel surgiu quando sua irmã, a professora de design da PUC do Rio de Janeiro, Ana Branco, orientou-a a adotar uma prática que lhe chegou por intermédio do livro Você Sabe se Alimentar, do Dr. Soleil (Editora Paulus), oferecido por uma de suas alunas, quando ela própria também esteve muito doente.


Saúde e qualidade de vida


A mudança alimentar no ano 2000, de modo similar, foi a chave para a saúde de Geraldo Pereira Guimarães, em suas próprias palavras, um verdadeiro caminho de retorno para dentro de si mesmo. Optou pelo vegetarianismo e há três anos deu um passo além, ao aderir ao crudivorismo, que tem por base os alimentos vivos, como sementes germinadas, frutas e legumes, ingeridos crus e frescos. Para o instrutor de ioga, que admite já ter sido em “outra vida” churrasqueiro, é uma alimentação que fornece muita vitalidade e tem potencial não só de nutrir mas de recuperar por completo a saúde.


Geraldo é um dos colaboradores voluntários do projeto Terrapia, da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (RJ), coordenado pela médica Maria Luíza Branco. Ambos estiveram em julho em Fortaleza, ministrando um seminário de Alimentação Viva nos moldes do que é proposto no Terrapia, ou seja, do de propagar os benefícios que o alimento vivo promove nos corpos e vidas das pessoas através de vivências.


A médica cearense Fátima Uchoa foi a responsável pela vinda de Maria Luíza para o Ceará. Para ela, uma forma prática de agradecer e propagar os benefícios que o alimento vivo trouxe à sua vida.


Maria Luíza revela que, após sua recuperação e renovação de suas forças com esta alimentação, mudou seu enfoque médico. Na Fiocruz, sua experiência pessoal possibilitou a implantação da primeira horta comunitária em um posto de saúde no Brasil, iniciativa hoje presente em vários países. As sementes têm potencial de regeneração celular, esclarece a médica que hoje atua na promoção da saúde.


Fonte: Diário do Nordeste


Você viu?

Ir para o topo