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Dicas e cuidados para resgatar cães e gatos abandonados

6 de janeiro de 2011
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Época

Há pessoas que  não deixam um animal na rua. Elas se compadecem com sua situação de abandono e o resgatam, com a intenção de achar um novo lar para ele. José Rodrigues Xavier de Oliveira era desse tipo de gente, e chegou a ter 68 animais na chácara em que vivia.

“O engraçado é que ele nunca teve cachorro até se aposentar”, conta seu filho, o jornalista Alex Xavier. O primeiro cão adotado surgiu de uma forma inusitada. Um dia a polícia cercou o sítio vizinho ao de José, em Itatiba, no interior de São Paulo. Para o seu espanto, lá morava um traficante. Após a sua prisão, os três cães do criminoso foram deixados pra trás. Por um tempo, José pulou o muro para alimentar os animais, mas logo se cansou do exercício e resolveu adotar os pets. Em pouco tempo o aposentado pegou gosto pela coisa e formou um verdadeiro abrigo para animais.

Quando José morreu, deixou saudades em 40 cães, todos saudáveis e bem tratados. Mas agora o seu filho, o jornalista Alex Xavier, precisa encontrar uma casa para todos os pets, pois a chácara é alugada, e deve ser desocupada.

Os desfechos complicados para resgates de cães infelizmente não são raros. Todos os meses, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo recebe o pedido de ajuda de pessoas que adotaram muitos animais mas não conseguem ou não querem mais cuidar deles, seja por questões financeiras ou por  uma mudança de cidade. “Muitas das pessoas que recolhem animais nas ruas acabam virando colecionadoras”, conta a veterinária Mônica Almeida, coordenadora do canil do CCZ. Embora a lei estabeleça que em residências urbanas são permitidos apenas 10 animais (somando cães e gatos), Mônica já recebeu denúncias de pessoas com 120 bichos em uma única casa.

Mesmo quem possui poucos pets deve tomar cuidado ao resgatar um cão ou gato de rua. “A primeira coisa a se pensar é que você não sabe a origem do animal”, afirma Mônica. “É importante separá-lo dos outros bichos até avaliar o seu estado de saúde. Também é preciso vaciná-lo e vermifugá-lo”.

Os gastos com a saúde do animal também são consideráveis  para quem resgata pets de rua. Por isso, contar com uma ONG de apoio é uma ótima medida. “Muitas ONGs têm estrutura para ajudar a cuidar dos animais abandonados”, conta Rafael Rodrigues Miranda, fundador da Cão Sem Dono, que abriga cerca de 200 cachorros, e proporciona muitas adoções.

A organização oferece castração e vermifugação gratuitas para animais recolhidos e abrigados por voluntários, e ainda consegue descontos para as principais vacinas. “Além disso, ajudamos a divulgar os animais recolhidos, para que eles encontrem um novo tutor”, diz Rafael. Com ferramentas como a internet e as feiras de adoção, a ONG consegue muitos finais felizes para os pets que foram tirados da rua por pessoas compassivas como o José.

Com informações da Época SP

Nota da Redação: É preciso que as pessoas tenham consciência de que, ao aodotar um cão ou um gato, está se comprometendo a dar abrigo, alimentação, carinho, atenção, conforto, enfim, uma vida digna, e que esse companheiro, que fará parte da família por aproximadamente quinze anos, merece ser tratado com todo o respeito, e não descartado como uma “coisa” sem “utilidade”. É preciso, também, que as leis que coibem os maus-tratos aos animais sejam efetivamente aplicadas.

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