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CONSCIENTIZAÇÃO

Dia Mundial dos Elefantes celebra a existência e luta pela liberdade de animais aprisionados em zoológicos

Live da ANDA reúne especialistas e a atriz Bianca Bin, às 19h de hoje, para debater a situação dos elefantes no Brasil e exigir o cumprimento da lei que garante a liberdade do elefante Sandro, confinado no zoo de Sorocaba (SP).

12 de agosto de 2025
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

O Dia Mundial dos Elefantes é celebrado hoje (12/08), uma data dedicada a esses gigantes extraordinários, que não apenas dominam as savanas e florestas com sua força majestosa, mas também surpreendem a ciência com sua inteligência, memória afiada e laços familiares profundos. Capazes de comunicar-se em frequências abaixo do nosso ouvido, demonstrar luto por seus mortos e cooperar em sociedades complexas, os elefantes são verdadeiros arquitetos da biodiversidade. No entanto, o mundo deles está desaparecendo, a caça, a destruição de seus habitats e o confinamento cruel em zoológicos e circos são ameaças que nem mesmo esses colossos resistentes podem enfrentar sozinhos.

Majestosos, inteligentes e dotados de forte senso de comunidade, os elefantes são reconhecidos por sua notável memória, habilidades sociais complexas e laços familiares profundos, que se estendem por toda a vida. Eles se comunicam por sons de baixa frequência, capazes de percorrer quilômetros, e demonstram comportamentos que revelam empatia, cooperação e até rituais de luto diante da morte de um membro do grupo.

Apesar dessas qualidades, os elefantes vivem sob intensa pressão humana. Além da destruição de seus habitats, causada principalmente pelo avanço do agronegócio, mineração e urbanização, milhões sofrem o impacto do confinamento em cativeiro. Zoológicos e circos privam eles de espaço, liberdade e interação social saudável, provocando sérios danos físicos e emocionais. Estudos apontam que a expectativa de vida de elefantes aprisionados é significativamente menor do que a de indivíduos que vivem livres na natureza.

O caso Sandro: 43 anos de confinamento e uma decisão ignorada

No Brasil, o drama do elefante Sandro simboliza a luta contra a exploração e a negligência institucional. Há uma decisão judicial válida determinando sua transferência imediata para o Santuário de Elefantes do Brasil, na Chapada dos Guimarães (MT), um espaço de floresta preservada, assistência veterinária permanente e possibilidade de convivência com outros elefantes. O prazo legal expirou em 10 de julho, mas a Prefeitura de Sorocaba insiste em mantê-lo preso em um recinto de concreto no zoológico municipal, contrariando a lei.

Sandro viveu mais de 43 anos em confinamento, isolado desde a morte de sua companheira Haisa, em 2020. A situação é uma tortura institucionalizada e cada dia extra de aprisionamento agrava seu sofrimento físico e emocional. Ignorar a sentença judicial é não apenas ilegal, mas moralmente indefensável.

Leia aqui o laudo da perícia veterinária sobre as condições do Sandro no Zoológico de Sorocaba.

Foto: Divulgação

Como parte das ações deste Dia Mundial dos Elefantes, a ANDA realizará hoje, às 19 horas, uma live no Instagram (@andanews) para debater a situação dos elefantes, com destaque para o caso de Sandro. Comandada pela presidente da ANDA, Silvana Andrade, a transmissão conta com a participação da atriz Bianca Bin, do biólogo Frank Alarcón, da advogada Letícia Filpi, do veterinário Ricardo Garé. O encontro será uma oportunidade para ampliar a conscientização, mobilizar apoio e exigir o cumprimento da lei em nome da liberdade e dignidade desses animais.

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