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MOMENTO DE REFLEXÃO

Dia Mundial dos Animais: a luta pelo fim do especismo e pela defesa dos animais é um dever de todos

4 de outubro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

o dia 4 de outubro, celebramos o Dia Mundial dos Animais, uma data carregada de simbolismo e reflexão. Criada em 1931, durante um congresso ambiental em Florença, na Itália, essa data foi escolhida em homenagem a São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais, conhecido por seu amor incondicional por todas as criaturas. Desde então, a ocasião serve como um momento de pausa para questionarmos a maneira como tratamos os animais – seres sencientes que, apesar de compartilharem o planeta conosco, são sistematicamente explorados e silenciados em sua dor.

A cada ano, enquanto ativistas e defensores dos direitos animais se reúnem em eventos e campanhas, bilhões de vidas continuam a ser ceifadas em um sistema desenhado para transformar sofrimento em lucro. Segundo a ONG FARM, cerca de 70 bilhões de vacas, porcos, galinhas, perus e outros animais são confinados em fazendas industriais ao redor do mundo, onde vivem em condições de extremo aprisionamento, privados de seus comportamentos naturais. Sob a justificativa da eficiência produtiva, esses animais são mutilados, dopados, amontoados em gaiolas, privados de luz e espaço, até serem mortos de forma brutal para alimentar seres humanos.

E como se o martírio dos animais terrestres não fosse suficiente, o cenário no mar é igualmente devastador. Todos os anos, redes de arrasto gigantescas rasgam os oceanos, capturando indiscriminadamente peixes e outras formas de vida marinha, que, em seus momentos finais, são sufocadas e esmagadas sob o peso da pesca industrial. O destino de muitos desses animais aquáticos é o mesmo: o prato de um restaurante ou a prateleira de um mercado, enquanto suas existências individuais são apagadas de forma silenciosa e cruel.

O impacto dessa exploração é colossal. O número de animais mortos para alimentação humana supera em larga escala todas as outras formas de abuso combinadas, incluindo caça, experimentação científica e as práticas de morte induzida em abrigos. Uma violência ocultada atrás das paredes de matadouros, embarcações de pesca e fábricas de processamento.

O Dia Mundial dos Animais vai além de uma data comemorativa – é um grito de socorro. Um convite à consciência para que, como sociedade, repensemos profundamente nosso relacionamento com os animais. Como nos posicionamos frente à exploração de seres que sentem dor, medo e desejo de viver tanto quanto nós? Em um mundo onde cada vez mais se reconhece a importância da compaixão e da justiça, é impossível ignorar a urgência de transformar esse sistema violento. A dignidade animal não é um luxo – é um imperativo moral, e cabe a todos nós reescrever essa história, para que ela finalmente inclua todos os seres que compartilham este planeta.

No Dia Mundial dos Animais, somos chamados a honrar não apenas a vida, mas a liberdade daqueles que ainda permanecem invisíveis, enjaulados e esquecidos.

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