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Dia Mundial do Meio Ambiente: PL que proíbe canudo plástico é discutido na Câmara de SP

5 de junho de 2018
2 min. de leitura
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Divulgação

O projeto de lei 99/2018 que tem como objetivo reduzir a poluição plástica e proteger a vida marinha através da proibição do fornecimento de canudos plásticos a clientes de hotéis, restaurantes, bares, padarias, casas noturnas entre outros estabelecimentos comerciais na cidade de São Paulo será votado nesta terça-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente.

A proposta de autoria do vereador Reginaldo Tripoli (PV) prevê multas de até R$ 8.000 em caso de descumprimento. O político sugere ainda que o material seja substituído por opções de metal ou por fabricados com materiais objetos biodegradáveis. “O uso do canudo de plástico é um costume e conseguimos mudar isso”, afirma.

Tripoli ressalta que a poluição plástica é um dos principais desafios do século e que a sociedade precisa se informar sobre o impacto ambiental causado por hábitos rotineiros e inconscientes. “Na condição de signatários da Agenda 2030 da ONU, é nosso dever ter uma gestão eficiente de resíduos e tornar nossa cidade mais sustentável. Precisamos sair da zona de conforto e perceber o mal que o plástico faz para nossa saúde”, disse.

Dados levantados pelo vereador apontam que se cada pessoa utilizar pelo menos um canudo diariamente, serão consumidos aproximadamente 75 trilhões de canudos por ano. Ela assevera ainda que 95% do lixo das praias do Brasil é composto por materiais plásticos. Tripoli usa como exemplo um estudo realizado pelo governo da Dinamarca, que calculou que em 1964 foram descartados 15 milhões de toneladas de plástico e em 2014 esse número subiu para 311 milhões.

O projeto será discutido hoje em uma audiência pública pela Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente. Na ocasião também será lançada a campanha Último Canudo, com o objetivo de discutir o consumo consciente de materiais não degradáveis.

Estarão presentes Leandra Gonçalves, pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP (Universidade de São Paulo), o ambientalista João Malavolta, diretor do Instituto Ecosurf e consultor associado à ONU Meio Ambiente, além de Paulina Chamorro, da revista National Geographic.

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