Porém, na vida da cadelinha surgiu a comerciante Silvana Ramme, 36 anos, que procurava um animal doméstico para o filho de 11 anos, “Ele escolheu a Branquinha”, conta. A cadela foi para casa da família, no Guajuviras, há um ano e meio. E há quatro meses, juntou-se a ela o Paulinho, também resgatado pelo Bem-Estar Animal, com cinomose e quase sacrificado. Ganhou uma nova chance e hoje é um dos dengos de Silvana, que tem outros seis cães e nove gatos.
Histórias como a de Branquinha e Paulinho ainda são raras, segundo o secretário de Bem-Estar Animal, Cristiano Moraes. Atualmente, o centro tem 82 cães disponíveis para adoção. Para incentivar novas adoções, começa neste sábado, 3, a 3ª Semana do Bem-Estar Animal. Uma das atividades é o projeto Amor não tem raça, parceria com a escola O Acadêmico. O período não foi escolhido por acaso: amanhã é dia de São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais. A programação segue até dia 12 e encerra com o desfile Cusco Chique. Ainda há inscrições abertas para quem deseja levar um cachorro para participar. Informações no e-mail [email protected].
Para conhecer outros cães que estão para adoção no Centro de Bem-Estar Animal, localizado na Avenida Boqueirão, 1985, basta acessar o site da Prefeitura de Canoas (www.canoas.rs.gov.br).
Do lixão no Guajuviras para casa, no São JoséQuando alguém bate na porta do representante comercial Hermes da Costa Filho, 58, o primeiro que aparece é Smeagol, um greyhound, ou galgo inglês. O corpo esguio mostra a classe do cachorro, da raça conhecida como a mais rápida do mundo.
A vida do animal, no entanto, nem sempre foi fácil. Não se sabe como e por quanto tempo, mas ele vivia em um lixão no Guajuviras. Magro e com sarna demodécica, foi resgatado e levado ao Centro de Bem-Estar Animal, onde aguardou para ser adotado.
Hermes cruzou com Smeagol por acaso. Há três meses, ele saiu de casa disposto a adotar um cachorro que havia visto no Facebook. Quando chegou no local, o animal já tinha sido levado. Seu genro sugeriu que fosse ao centro para ver se não achava algum. “Bati o olho naquele magricelo. Preenchi a papelada de adoção e trouxe ele para casa.”
Agora, o galgo mora no bairro São José com Hermes e sua esposa Roseli. E também recebe os mimos da filha do casal, a fisioterapeuta Priscila. Inclusive já viajou para Carazinho, onde a família tem propriedades. “Lá ele corre a vontade”, conta Hermes.
Fonte: Diário de Canoas.