Nesta sexta-feira (31), comemora-se o Dia Internacional do SRD. Alvo de muito preconceito, a vida do cão sem raça definida é o retrato do descaso e do egoísmo humano. Abandonados, preteridos, excluídos, eles nascem, crescem e muitas vezes morrem sem que sejam amados verdadeiramente. Essa dura realidade só pode ser transformada através da adoção.
Deixados nas ruas – ou até mesmo nascidos nelas -, atropelados, doentes, sofridos. Muitos, após a adoção, não sabem usar uma casinha, brincar de bolinha, fazer coisas básicas que todo cão faz. E não sabem porque não tiveram contato com elas, porque estavam focados demais em sobreviver em meio aos maus-tratos, à fome, ao frio.
A vida desses animais só pode ser transformada por alguém disposto a adotá-los em nome do amor. Não importa raça, tanto faz a aparência, a cor do pelo, o porte, o que realmente tem importância é a necessidade de viver dignamente, de dar e oferecer amor. É isso, e só isso, que deve motivar uma adoção responsável.
Em busca de uma chance, eles vagam pelas ruas. À espera de alguém para amar, eles passam meses, até anos, em abrigos, morando em pequenas baias, recebendo cuidados, mas sem o direito a uma família.
Comovidos com esse sofrimento, inúmeros protetores de animais e entidades lutam para reverter esse cenário. Campanhas de conscientização, tão necessárias, já conseguiram quebrar parte do preconceito da sociedade em relação a esses animais – que se forem adultos, idosos, deficientes e pretos, são ainda mais rejeitados -, mas não conseguiram por fim a ele. A esperança que os move é, um dia, acabar com a rejeição aos cães sem raça e extinguir o abandono.
Enquanto isso não acontece, a Agência de Notícias de Direitos Animais faz um apelo para que cada um faça a sua parte. Afinal, enquanto não for possível mudar o mundo, será bom o bastante mudar o mundo de um animal através da adoção.