Os cães serão submetidos a consultas veterinárias, tratamento e ressocialização para que possam ser doados
Uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) resgatou na quarta-feira (20) 17 cães da raça pit bull que viviam acorrentados, em situação de maus-tratos, em um sítio em Sabará (MG). Outros animais já haviam sido resgatados do local em julho.
Além de viverem presos a correntes curtas, os animais tinham alimentação e água insuficientes, lesões na pele e eram mantidos em condições ruins. Dois cães, que não foram localizados, são alvo de investigação. Os animais resgatados foram encaminhados a lares temporários na cidade de Belo Horizonte.
Coleiras, correntes e objetos que demonstram o objetivo do tutor dos animais em reproduzi-los para venda de filhotes foram apreendidos. As informações são do G1.
Mais de 40 cães eram maltratados no local. O MPMG vai propor uma denúncia criminal contra o responsável pelos animais e vai impor as sanções contidas num Termo de Ajustamento de Conduta descumprido pelo homem.
O trabalho foi árduo e durou meses, conforme lembra a promotora de Justiça Anelisa Cardoso. Agora, medidas criminais e cíveis serão tomadas contra o tutor.
Os cães serão submetidos a consultas veterinárias, tratamento e ressocialização para que possam ser doados. Os possíveis adotantes terão que preencher um formulário.
Os primeiros cães foram resgatados em 11 de julho. Na época, três cães em estado grave foram retirados do local e levados para o hospital veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Participaram da ação 40 policiais civis e militares, duas promotoras de Justiça, quatro médicos veterinários do MPMG e três da UFMG, além de quatro auxiliares de veterinária.
No dia 16 de julho, outros 13 animais foram resgatados, todos magros, subnutridos, com alimentação inadequada, comendo as próprias fezes e com feridas e cicatrizes pelo corpo.
Mais 13 cachorros foram retirados do sítio no dia 2 de agosto, quando as autoridades descobriram que o tutor dos animais não havia promovido quase nenhuma mudança no local para beneficiar os cães, que continuam presos a correntes, sem alimentação e água.
Uma ação foi planejada para o dia 16 de outubro, mas não seguiu em frente porque não havia ninguém no local para permitir a entrada das autoridades no sítio.