Dezenas de cervos serão mortos no Bushy Park, em Londres, na Inglaterra. Submetidos a “mortes terrivelmente dolorosas”, conforme denunciam ativistas, esses animais serão assassinados como forma de controle populacional. ONGs de proteção animal apontam que a prática é cruel e ineficaz.
A expectativa do Royal Parks, órgão que administra o parque, é de que de 60 a 80 cervos sejam mortos. A caçada teve início em 1° de setembro e deve durar seis semanas. O órgão justifica a matança com o argumento de que os animais “acabariam sofrendo” se não fossem mortos. Ativistas da PETA, organização internacional de proteção animal, discordam.
Diretora da instituição, Elisa Allen disse ao Local Democracy Reporting Service que “os cervos são conhecidos por controlarem seus próprios números, até mesmo com a reabsorção de um feto se os suprimentos de alimentos estão baixos”.
“Matá-los só faz com que sua população se recupere, pois iniciativas letais resultam em um aumento na disponibilidade de alimentos, o que acelera a procriação dos sobreviventes”, completou.
A ativista argumenta que se matar cervos fosse eficaz no controle populacional, essa prática não precisaria ser realizada anualmente. “Esses métodos não são apenas ineficazes, mas também cruéis, pois pode ser difícil para os caçadores obter um tiro claro e veados muitas vezes passam por mortes lentas, horrivelmente dolorosas”, lamentou.
“Os humanos devem isso a esses animais delicados, cujo habitat lhes foi tirado, usando-se métodos humanos e sustentáveis de controle populacional que existem, porque nunca alcançaremos a harmonia ecológica através do cano de uma arma”, reforçou.
Os argumentos da instituição, no entanto, não convenceram o Royal Parks, que manteve a caçada e anunciou que em 1° de novembro será iniciada uma nova temporada, com duração de seis semanas, para que mais veados sejam mortos.