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A história da cadela Little Pooh

11 de agosto de 2013
4 min. de leitura
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Por Patricia Tai (da Redação)

A história a seguir é a tradução de um relato de Ed Kostro, de Illinois (EUA), a respeito de uma cachorra encontrada abandonada e literalmente congelada, no ano passado, e que foi resgatada por ele.

Little Pooh, quando foi encontrada no parque. (Foto: Reprodução)
Little Pooh, quando foi encontrada no parque. (Foto: Reprodução)

Esse ano começou com uma nota muito triste – outro telefonema a respeito de um cão magro que fora aparentemente abandonado em um grande parque da cidade. “Ela parece realmente triste, sozinha e assustada. Você tem tempo para ir até lá?”, perguntaram ao telefone. Como eu poderia recusar? “Eu estarei lá”, disse.

Quando cheguei ao local, a cena imediatamente partiu meu coração. Ela estava desamparada, sentada em um campo de beisebol coberto de neve, tremendo incontrolavelmente, e tão triste quanto vê-la foi perceber inúmeras pessoas ao redor passeando felizes com seus cães, alheias à ela.

As pessoas que me avisaram sobre ela disseram que quando a viram pela primeira vez, ela corria freneticamente por todo o parque, como se estivesse procurando alguém. Agora, ela simplesmente estava sentada lá, como se tivesse desistido.

Eu me aproximei dela devagar, e ela não moveu nenhum músculo. Então eu me ajoelhei e afaguei sua cabeça suavemente. E então, ela olhou tristemente nos meus olhos com o par de olhos caninos mais tristes que eu já vi em toda a minha vida. Definitivamente foi abandonada aqui por alguém, pensei comigo mesmo.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Ela não conseguia sequer se mover

Ela não reagiu ou tentou fugir quando coloquei uma guia em volta de seu pescoço. Foi quando vi o estado terrível em que ela se encontrava. Seu pelo estava extremamente emaranhado e sujo, e com montes de fezes congeladas grudadas em suas costas e próximas à sua cauda, de modo que ela não conseguia nem mover as pernas.

Quando eu a levava, muitas pessoas me perguntaram o que eu faria com ela. “Essa pobre garota realmente precisa de cuidados e de um banho”, respondi. E logo ela e eu estávamos a caminho da minha clínica veterinária. Enquanto eu dirigia, ela rapidamente se arrastou para o meu colo procurando algum calor, e finalmente parou de tremer.

No consultório, os funcionários a viram e disseram : “Pobre pequena! Ela definitivamente passou por um período difícil. Como você irá chamá-la?”. Eu logo respondi: “Little Pooh”.

Ela não tinha nenhuma coleira, nem placas ou micro chips. Cães rejeitados geralmente não têm; e, é claro, ela não estava castrada. Eu passei muitos dias tentando descobrir se alguém estaria procurando por ela. É óbvio, ninguém estava.

Little Pooh passou a semana seguinte no hospital veterinário sendo cuidada, alimentada, tosada, vacinada e castrada. Quando minha esposa e eu fomos buscá-la, eu nem a reconheci: parecia completamente diferente e muito mais feliz que na primeira vez que a vi no parque.

No caminho para casa, Little Pooh agarrou-se ao peito de minha esposa e lhe deu muito carinho. Quando chegamos em casa, nossos outros cães órfãos resgatados imediatamente se afeiçoaram a ela, e ela a eles, e logo estavam todos saltitando juntos no jardim.

Uma vizinha que já tinha ouvido falar dela e veio conhecê-la, ficou encantada quando a viu. “Oh, meu Deus, uma pequena Poodle! Minha melhor amiga e seu marido recentemente perderam o seu amado Poodle de 16 anos, e estão querendo adotar outro!”, disse ela.

Rapidamente, os amigos da minha vizinha chegaram à nossa casa, e foi amor à primeira vista. Ela conseguiu um novo, amoroso lar.

Little Pooh, após a recuperação. (Foto: Animal Rescue Chase)
Little Pooh, após a recuperação. (Foto: Animal Rescue Chase)

A história de Little Pooh está publicada no site da Animal Rescue Chase, e vem acompanhada da frase:

“Compaixão é a capacidade de sentir o que é viver na pele do outro;
E é o conhecimento de que nunca pode haver nenhuma paz e alegria para mim,
se não houver paz e alegria para o outro também”.

(Frederick Buechner)

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