Dezenas de linguados, tainhas, sargos, enguias, dourados, pargos e robalos apareceram mortos, desde domingo (22), na foz da ribeira de Alcantarilha, em Armação de Pêra (Silves), devido à falta de oxigenação das águas. O problema, que se repete há cinco anos, sobretudo no verão, deixou mais uma vez a comunidade desesperada por não existir solução à vista.
A Administração da Região Hidrográfica (ARH) disse estar avaliando a situação. O vice-presidente, Paulo Cruz, afirma que o resultado da análise da água sairá dia terça-feira (24).
Os prejuízos são incalculáveis, pois, além da mortandade de peixes, existe também o fator humano. “Não há limpeza no rio, que continua ao abandono, com águas contaminadas e há até mesmo crianças se banhando na água. Não há sinalização alguma para alertar sobre os riscos, isso é um crime público!”, lamentou Orlando Mascarenhas. Sua mulher, Tânia Oliveira, acrescentou que o problema da mortandade de peixes se verifica “três ou quatro vezes por ano” e não se tomam medidas.
O presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, Fernando Santiago, considera que a solução para a ribeira passa pelo desassoreamento, o que não acontece “há mais de 50 anos”. “No verão são os peixes que morrem, no inverno existe o perigo de inundações devido a um desnível de cinco centímetros”, observou o autarca, apelando à ARH, no sentido de ser aberta uma ligação da ribeira ao mar para escoar as águas. A ARH admite a possibilidade caso a situação se agrave.
Fonte: DN Portugal
Nota da Redação: Quantos peixes mais precisam morrer para que se tome alguma atitude? Infelizmente o problema só será corrigido quando a comunidade ali em volta sofrer drasticamente com a situação. Milhões de peixes precisarão morrer para que a devida providência seja tomada. É triste pensar que esses animais não têm sossego, pois, mesmo com a água limpa, eles são mortos para consumo.