Dezenas de golfinhos encalharam no cais do iate clube de Ushuaia, na Argentina, ao meio-dia desse domingo (13). De acordo com o site argentino Infobae, os animais se aproximaram da costa a toda velocidade e acabaram encalhando.
Ainda de acordo com a publicação, os animais, da espécie falsa-orca (Pseudorca crassidens), acabam seguindo para o triste destino sem qualquer motivo lógico, ficando presos entre navios e barcos ao lado do cais.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, dá para ver os golfinhos presos na água rasa enquanto várias pessoas que passeavam pela zona portuária assistiam à cena, incrédulas.
A especialista em mamíferos marinhos, Natalia Andrea Dellabianca, explica que, no sábado (12), os golfinhos já tinham sido vistos na região de Ushuaia.
“O aparecimento deles não foi repentino. Estavam circulando pelo local desde o dia anterior. Até agora, não tínhamos registros deles dentro do canal porque geralmente são vistos passando pela área do estreito de Magalhães. Mas, por que ficaram presos aqui? Ainda não sabemos”, comenta a especialista.
Logo depois de encalharem na costa argentina, algumas falsas-orcas conseguiram regressar ao mar. Outras precisaram da ajuda de homens e mulheres que, sem hesitar, pularam na água para tentar salvá-las.
No entanto, dois golfinhos ficaram presos debaixo do píer e mergulhadores da Autoridade Naval Argentina (Prefectura Naval Argentina) precisaram ser acionados para salvar os animais.
Segundo Natalia Andrea Dellabianca, uma possível hipótese para o encalhe em massa pode ser a busca por comida e uma consequente desorientação. “A realidade é que ainda não se sabe o que eles faziam lá. Talvez possamos descobrir em alguns dias ou talvez nunca. Por enquanto, a única coisa clara é que foi um evento circunstancial devido à topografia do local”.
Apesar de não ter presenciado o resgate, a especialista em mamíferos marinhos diz ao site argentino que recebeu diversos vídeos e comentários de seus colegas, que estavam presentes.
“Até onde pude ver, nenhum dos animais ficou gravemente ferido. Apenas feridas superficiais, fruto do atrito do encalhe”.
A falsa-orca é considerada a terceira maior espécie de golfinho e pode chegar a cerca de seis metros de comprimento. Em termos de aparência, essa espécie tem um corpo mais ágil que a orca de verdade, bem como um corpo de tonalidade preta ou cinza.