Uma ação conjunta entre a Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipam) e o 4º Batalhão da Polícia Militar apreendeu ontem à tarde, no bairro Parque da Floresta (Zona Norte), 11 canários-da-terra, cinco pássaros azulões, 16 gaiolas, um revólver calibre 38 e 13 munições, que estavam na posse do promotor de vendas Gilson Pereira Dias, 38 anos. Ele ficou detido na delegacia de plantão da Zona Norte.
Os policiais chegaram até o local por meio de uma denúncia anônima, pela qual havia a informação de que na casa de Dias eram realizadas rinhas (briga de canário). O promotor de vendas não reagiu à atividade dos agentes e logo mostrou o material que estava em sua casa. Não foi constatada a organização das rinhas na residência.
Segundo o tenente do Cipam, Marcelo Queiroz, o toda a mercadoria apreendida representa um valor estimado de R$ 7 mil. Dias irá responder por maus-tratos a animais e porte ilegal de armas. “Cada canário ‘brigão’ desses chega a valer R$ 1,5 mil no mercado negro”, diz Melo. Já as gaiolas custam em torno de R$ 400. Segundo ele, durante as rinhas de canários, são juntadas duas gaiolas, sendo que as fêmeas de cada pássaro são alternadas para “atiçar” os bichos. “Os canários vão brigar, na verdade, como uma forma de impressionar as fêmeas”.
Dias negou que organizasse rinhas e falou que criava os animais em cativeiro. “Eu trouxe um casal do interior e comecei a criar. Também recebi alguns como pagamento de dívidas”, disse. Sobre o revólver, disse que usava por morar numa região perigosa. Pelo crime ambiental, Dias poderá cumprir de seis meses a dois anos de prisão, além de pagar multa determinada pelo juiz. Porém, como o crime é afiançável, poderá ser liberado com um pagamento de, no máximo, R$ 990.
Fonte: Diário de Natal