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Dezenas de aves exploradas para rinhas são apreendidas em Belém (PA)

17 de maio de 2010
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Operações integradas realizadas pela Divisão Especializada em Meio-Ambiente (Dema) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) já resultaram, nos últimos três dias, nas apreensões de 193 galos explorados nas chamadas rinhas de briga. A prática é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. Apenas, na sexta-feira (14), 80 aves foram encontradas por policiais civis e militares em um imóvel na ilha de Outeiro, em Belém. O local ficava na passagem Jader Barbalho, próximo à ponte de acesso ao balneário. Os animais apreendidos apresentavam sinais de maus-tratos. A quantidade de galos recolhidos em rinhas, em 2010, já ultrapassa o número de animais apreendidos no ano passado. Em 2009, foram registradas as apreensões de 122 galos.

De acordo com os policiais, no local descoberto em Outeiro havia uma grande estrutura montada para as rinhas de galo. Havia no local, desde rinha móvel feita à base de ferro e lona, uma arena forrada de madeira usada nas brigas dos galos realizadas mediante apostas em dinheiro; arquibancada ao redor da arena e iluminação instalada no teto. A estrutura fica escondida atrás de um muro de, aproximadamente, 100 metros de extensão. O imóvel era formado por 345 compartimentos de alvenaria, semelhantes à colmeias, para estada individual dos apostadores.

Outra estrutura, com formato semelhante à letra “U”, tinha capacidade de acomodar 64 animais. Os policiais civis e militares encontraram ainda, no local, um galpão com 184 gaiolas de ferro. O imóvel tinha capacidade para abrigar 883 galos, segundo informações prestadas aos policiais por Amaury Juppe, contratado para tomar conta do imóvel. Conforme ele, o local já chegou a receber cerca de cinco mil animais. Além das estruturas, os policiais apreenderam apetrechos usados no treinamento dos galos, entre os quais, uma balança, buchas de borracha, tesouras cirúrgicas, medicações e seringas descartáveis usadas para aplicação de anabolizantes nas aves. Um caderno com anotações, valores e nomes de apostadores, também foi apreendido.

A Dema já identificou o responsável pelos animais que foi indiciado no artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), por “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena prevista é de três meses a um ano, além de multa. Os animais ficarão recolhidos no Bioparque Amazônia Crocodilo Safari, situado na Passagem São João, bairro do Tenoné, distrito de Icoaraci, em Belém. A ação é fruto da Força-Tarefa de Proteção da Zona Costeira (FTPZC), que atua, de formas preventiva e repressiva, no ordenamento da Zona Costeira Paraense, da qual 27 instituições são signatárias.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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