Recentemente em Paraguaçu Paulista um lobo foi resgatado na zona rural, em uma tubulação de escoamento de chuva em uma Usina de Cana de Açúcar. O animal estava com ferimentos graves e foi encaminhado para a APASS (Associação Protetora de Animais Silvestres de Assis), que está atendendo toda a região.

De acordo com a diretora executiva da APASS, Natália Tomas Inácio de Godoi, a associação recebe muitos animais
resgatados em Paraguaçu Paulista, especialmente animais feridos que são encaminhados para a reabilitação e posteriormente integrados novamente a natureza.

“Se o animal chega na APASS é porque ele tem algum problema, ou foi abandonado pela mãe, ou está perdido na cidade, ou está ferido, então aqui funciona como um Pronto Socorro de animais silvestres, além da gente cuidar desse animal ferido ou do filhote abandonado, a gente tem um trabalho de reabilitação com esses animais para que possamos devolvê-los na natureza”, explicou.

Natália disse ainda que de Paraguaçu chegam principalmente animais que invadem a zona urbana e são resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Mas ela explica que também há os animais que se acidentam
próximos a Usinas de Cana.

“Antigamente chegavam muitos animais vitimas de queimadas, hoje graças a Deus não temos mais esse problema, mas tem os animais vitimas da colhedora e querendo ou não os animais silvestres fazem dos canaviais um reduto para encontrarem comida, procriarem e na época da colheita eles invadem as cidades”, destacou.

Entre os principais animais silvestres resgatados em Paraguaçu Paulista, segundo a diretora da APASS, estão o tamanduá mirim, o Lobo Guará e também as onças. Das sete onças que estão em tratamento na APASS, quatro foram resgatadas nas proximidades da Usina Cocal.

“A gente recebe de Paraguaçu Paulista uma média de no mínimo 20 a 30 animais por mês, depende muito da temperatura, do clima, no inverno aumenta a quantidade de animais, no período de colheita também”, afirmou.  Natália disse ainda que a APASS tem conhecimento da existência de oito Lobos Guará próximo a Cocal. Os animais, segundo ela, já estão tão acostumados com a presença humana que inclusive se alimentam com restos de comida dos trabalhadores do local. A diretora da associação ressaltou ainda que a fauna silvestre e doméstica são de responsabilidade dos municípios, inclusive contando pontos para obter o selo do município verde azul.

“Se encontrarem um filhote perdido, abandonado, não levem para a casa, porque manter um animal silvestre em cativeiro é crime ambiental, que pode ser autuado, vai pagar multa, vai responder judicialmente por isso, então a gente orienta que acione o Corpo de Bombeiros, a policia ambiental, a secretaria de meio ambiente do seu município para que seja feita a destinação correta desse animal”, finalizou Natália.

Fonte: ParaguaCity