Atualmente elas correspondem a cerca de 70% dos casos dermatológicos e, muitas vezes, o diagnóstico é trabalhoso. Não é possível diagnosticar alergia de forma confiável através de um exame laboratorial, como os veterinários fazem com tantas outras doenças dermatológicas, tais como as dermatites parasitárias (sarnas), as dermatites fúngicas (micoses), as neoplasias, as doenças autoimunes e tantas outras.
O que ocorre, na maioria das vezes é, que, muitos tutores saem frustrados da consulta com o especialista em dermatologia, comentando: “Mais um que não sabe o que meu cachorro tem”.
Um diagnóstico confiável é baseado na exclusão de demais dermatopatias pruriginosas – doenças que causam coceira – e, uma vez confirmado a alergia, deverá ser excluídas as diversas causas alérgicas. Isto, na maioria das vezes, gera frustração tanto ao tutor do cão quanto ao médico veterinário. Às vezes o tutor já consultou inúmeros profissionais da medicina veterinária antes de chegar a um especialista e quer uma resposta simples e objetiva que resolva o problema do seu amigo de 4 patas. Por outro lado, os especialistas, também se frustram ao perceber o semblante desanimador do responsável pelo animal, pois o mesmo terá que passar por várias etapas antes de descobrir o tipo de alergia que se desenvolve em seu cachorro e, em certos casos, ele terá que lidar com algo incurável por toda a vida.
A primeira etapa consiste na eliminação de pulgas, ectoparasitas, piolhos e carrapatos. Uma vez feito isso, deverá ser eliminado – em teste – os alimentos possivelmente envolvidos na alergia do cachorro e, isto, exige muita paciência e dedicação por parte dos tutores, pois terão que oferecer alimentos caseiros ao cão por um longo período, que varia entre 60 e 90 dias, e remover todos os alimentos industrializados da sua dieta, chamada de eliminação. Esta dieta é uma etapa fundamental para se excluir alergia alimentar, e não pode ser negligenciada. Os ingredientes são escolhidos pelo profissional veterinário com base naquilo que o animal nunca tenha ingerido anteriormente. A adesão a este protocolo é fundamental para ser concluída a alergia que o ‘fiel amigo’ tem de fato.
Uma vez feito isto e não havendo melhora clínica terá a conclusão que se trata de uma dermatite atópica, também chamada de alergia a inalantes ambientais, pelo qual é incurável, exigindo um tratamento permanente no cachorro.
Fonte: Portal da Cinofilia