Um elefante se tornou símbolo da luta contra a caça da espécie asiática em risco de extinção e conquistou o coração de muitos vietnamitas após a piora de um antigo ferimento que foi causado por uma armadilha.
O destino de Kham Bun foi recentemente notícia no Vietnã após o circo Hanói dizer que o elefante, que foi resgatado pela guarda florestal, em 2007, precisaria ter a sua pata da frente amputada, devido a um ferimento que começou novamente a abrir.
Kham Bun foi capturado e ferido em 2006 na província central montanhosa de Daklak. Os caçadores tentaram tratar seu ferimento, mas o elefante, que foi dado ao circo por ordens do governo, nunca foi propriamente curado, e não tinha condições de se apresentar.
A população do “Elephas maximus”, ou elefante asiático, no Vietnã, vem decrescendo rapidamente nas últimas décadas devido ao desmatamento e à caça ilegal.
De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza, há cerca de 150 elefantes nas florestas do país, muito menos do que a população de 1.500 a 2.000 existente duas décadas atrás.
Os jornais dizem que muitas pessoas, a maioria delas crianças, se ofereceram para pagar pela comida e cuidados médicos do Kham Bun após ouvirem sua história. Até mesmo uma tradicional clínica médica viajou do vilarejo de Buon Don, onde Kham Bun foi encontrado e tratado, para Hanói para salvar sua pata.
Nesta quinta-feira, veterinários decidiram que a amputação não era necessária e que o ferimento do elefante poderá ser tratado. “Os especialistas concluíram que o elefante é muito forte”, disse Hop à Reuters. “Nós precisamos fazer uma pequena cirurgia para abrir o ferimento e checar se há qualquer corpo estranho lá dentro.”
A forte demanda e alta dos preços crescentes pelo marfim ilegal ameaçam a sobrevivência dos elefantes restantes da Indochina, disse a rede TRAFFIC, que monitora o comércio de animais selvagens.
O grupo disse que eles examinaram cerca de 700 lojas no Vietnã e constataram que 11 por cento vendiam cerca de 2.500 itens de marfim originários de Laos, Vietnã e Camboja.
Fonte: O Estado de São Paulo