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DESCANSE EM PAZ

Despedida: corpo de cão Joca, que morreu em voo da Gol, é velado em cerimônia aberta ao público no interior de SP

15 de junho de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Instagram Rip Pet

A despedida do cão Joca, o golden retriever que morreu em um voo da Gol em abril, foi realizada neste sábado (15), em um crematório dedicado a animais, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

A morte ocorreu em abril, mas o velório e cremação estão sendo realizados dois meses depois, pois o corpo do golden retriever de 5 anos estava no Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo para fazer exame de necropsia desde o dia 13 de maio. O corpo do animal foi liberado somente na última quarta-feira (12).

Antes disso, o corpo de Joca estava em uma clínica particular para realizar exames solicitados pela família.

Por volta das 14h, teve início o velório do animal, em uma cerimônia aberta ao público. Após o velório, Joca será cremado.

A despedida foi realizada na capela de São Francisco de Assis, santo tido como padroeiro e protetor dos animais, no sítio onde fica o crematório. O corpo de Joca foi colocado em um caixão pet, coberto por flores e também um véu.

A cerimônia contou com transmissão online, teve também vaso de flores e foi marcada pela emoção de familiares do tutores do animal e de outras pessoas que se solidarizaram com a morte do cão.

A transmissão online realizada nas redes sociais foi acompanhada por mais de 1 mil internautas. Na despedida, o tutor de Joca – que acompanhou a cerimônia virtualmente – e muitas pessoas se emocionaram ao falar sobre a morte do animal e a busca por Justiça.

Após a cremação, as cinzas serão colocadas em uma urna e entregues ao tutor do cão.

Caso Joca

O cão morreu em abril, após um erro de logística da Gol. Ele deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi colocado num avião que embarcou para Fortaleza (CE).

O animal acabou sendo mandado de volta para Guarulhos e, quando o tutor chegou para encontrá-lo, já estava morto.

João Fantazzini, tutor de Joca, disse que o veterinário havia dado um atestado indicando que o animal suportaria uma viagem de 2 horas e meia, mas, com o erro, o cachorro ficou quase 8 horas no avião.

Nas redes sociais, João fez uma publicação de despedida em homenagem ao cão dizendo que vai lutar e se lembrar dele todos os dias:

“Você é o amor da minha vida e tiraram você de mim! Lembra quando eu te dizia que jamais sairia do seu lado? Me perdoa, pois eu não pude estar com você naquela hora! Saiba meu dorado que você vai viver dentro de mim para sempre! Ainda vou comprar suas maçãs e rúculas porque eu sei o quanto você amava. Você virou o meu anjo! E saiba que eu vou lembrar de você todos os dias e lutar por você! Me perdoa por ter tido a ideia de te levar na minha mudança, pois você estaria aqui! Olha por mim meu filho, “MEU DOLADO” O pai te ama para sempre 🖤🍎”, escreveu.

Interrupção do serviço da Gol

Após a morte do golden retriever, a Gol anunciou a suspensão do transporte aéreo de animais no porão, que segue em vigor. Segundo o comunicado da companhia aérea, os clientes ainda podem transportar seus animais de até 10 kg na cabine do avião.

Protestos em aeroportos

Dias após a morte de Joca, tutores de cachorros e ONGs de defesa dos animais realizam protestos em memória do golden retriever.

Numa das faixas penduradas no terminal doméstico de embarque de Guarulhos, uma faixa exibia a frase “Justiça por Joca” e “Não somos bagagem, somos o amor de alguém”.

As entidades de defesa dos animais pediram às autoridades brasileiras modificações nas regras de transporte de animais domésticos no país e punição severa às empresas que violarem as leis de proteção animal.

A família do engenheiro João Fantazzini Júnior, tutor do cãozinho Joca, esteve no ato e agradeceu o carinho das pessoas com a dor dele.

Fonte: G1

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