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DESTRUIÇÃO

Desmatamento da Amazônia aumenta 41% em 2021

“O grande problema da fiscalização e do combate ao desmatamento não é apenas falta de dinheiro; o que falta é governo”, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

4 de julho de 2021
Giovana Miroslava | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Fonte: Portal CNN

No mês de maio houve um aumento de 41% de desmatamento na Amazônia em relação ao mesmo período do ano passado, os alertas de desmatamento chegaram a atingir a marca de 1.180 quilômetros quadrados.

Essa é a primeira vez que o sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), detecta um número acima de mil quilômetros quadrados no mês de maio, sendo a maior área de alertas desde o início da série de marcações do sistema, iniciada em 2016. 

O dado é considerado preocupante por que o mês de maio marca o início da estação seca, quando a devastação se intensifica, em grande parte da região amazônica. Se a tendência permanecer nos próximos dois meses, a taxa oficial de desmatamento de 2021, que é medida de agosto a julho, poderá terminar com uma inédita quarta alta consecutiva.

“Não é apenas falta de dinheiro; o que falta é governo”

Considerando o cenário atual, o Observatório do Clima avalia que os R$ 270 milhões que o Congresso conseguiu na semana passada para a fiscalização dificilmente produzirão resultado. “O grande problema da fiscalização e do combate ao desmatamento não é apenas falta de dinheiro; o que falta é governo”, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Ele diz que o combate ao desmatamento está quase exclusivamente nas mãos dos estados. O Observatório do Clima também diz que alguns governadores parecem estar do lado dos desmatadores. Em Rondônia, o Coronel Marcos Rocha (PSL) garantiu a redução de duas unidades de conservação no Estado – o que foi definido pelo OC como um presente do governador aos grileiros.

“O desmatamento neste ano será o que os madeireiros ilegais, garimpeiros criminosos e grileiros quiserem que seja. E, neste momento, eles não têm nenhum motivo para se controlar, já que o próprio governo federal, que deveria coibir a ilegalidade, os incentiva com atos e discursos”, conclui Astrini.

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