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Designer de jóias utiliza animais vivos em sua nova coleção

22 de agosto de 2013
3 min. de leitura
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Por Loren Claire Canales (da Redação)

“A pele está viva” é uma linha de joalheria conceitual que diz analisar a exploração dos animais na moda. “Capturam a beleza da natureza e permitem ao usuário ser único e diferente”, justifica a designer Cecilia Valentine. Na verdade esta é mais uma forma de exploração e maus-tratos aos animais.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Ao longo de várias gerações temos visto inúmeras criações, cores e texturas transformadas em novas tendências dentro do mundo da moda. Atualmente se fala de uma reciclagem de estilos de décadas passadas, mas alguma vez você ouviu algo sobre usar animais em acessórios? Pois agora chega a designer Cecilia Valentine com a sua última criação, intitulada “Fur is Alive”.

Para Cecilia, que se descreve como uma pessoa em busca de soluções simples para os problemas, isto é algo que a desafia e motiva.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A designer explica que “Fur is Alive” é uma linha de joalheria conceitual que analisa a exploração dos animais na moda. As peças, que ela garante não serem destinadas ao uso, incorporam os animais vivos em uma tentativa de aproveitar a verdadeira beleza das formas naturais de maneira a expor a crua realidade da indústria de peles, que continua sendo amplamente aceita apesar de anos de controvérsia.

Cecilia acrescenta ainda que a sua coleção pretende manter os animais vivos e não assassiná-los como é habitual para o consumo de carne ou pelo “bem” do design e da criação de roupas, já que as pessoas tendem a desvincular o fato de que as peles já foram de um ser vivo, o que termina por ser um auto-engano.

Tratando-se de uma comunicação visual sobre a questão da morte na moda, a designer não explicou o impacto causado aos animais aprisionados em suas peças, como é o caso do passarinho, engaiolado em um minúsculo recinto em forma de ovo e de um hamster preso em um pequeno tubo. Todos eles passam por um grande stress ao estarem nestas condições, considerando ainda que são levados a exposições e festas privadas para a apresentação desta coleção. Como ela pode dizer que pretende ajudar os animais?

O uso de animais vivos em acessórios não é novidade e virou moda entre os asiáticos há pelo menos 3 anos. Os animais são aprisionados em pequenas bolsas plásticas e são considerados “amuletos da sorte” pelos seus apreciadores. São peixes, tartarugas e salamandras condenados à morte em poucos dias.

Há o exemplo de um outro caso, em que um cachorro doente ficou preso em um canto de uma galeria, sem acesso a alimentação e cuidados veterinários, e morreu em nome da “arte” de Guillermo Habacuc. A principal intenção do autor também foi tornar o animal o foco da atenção em um local onde esperava-se ver arte, sem se preocupar seu bem-estar e com sua vida.

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