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Exploração

Descubra o que a indústria leiteira não te conta sobre o sofrimento animal

25 de setembro de 2021
Ana Cristina | Redação ANDA
5 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Você sabia quanto sofrimento animal há num simples copo de leite? Para responder isso, o site GreenMe juntou as principais informações sobre essa indústria até que a bebida chegue em sua mesa no formato de queijo, iogurtes entre outros.

Todos os estudos e dados foram divulgados por organizações renomadas como o Animal Equality, Holocausto Animal e Mercy For Animals. Confira abaixo:

Inseminação artificial

Ao contrário do que muitos podem imaginar, não é da natureza da vaca produzir leite por toda a sua vida. Assim como outros mamíferos, é preciso que a fêmea esteja grávida e gere a bebida para alimentar o seu filhote nos primeiros meses de vida.

Então como sempre temos leite e derivados em abundância? A resposta das indústrias leiteiras está na inseminação artificial, também conhecido como “estupro artificial”. Para isso, é preciso introduzir o sêmen coletado de touros no útero das vacas.

Geralmente esse procedimento é realizado por homens inaptos, utilizando equipamentos não esterilizados, em condições precárias e anti-higiênicas.

Além disso, é um método invasivo, no qual é preciso inserir praticamente todo o braço no reto do animal. O clitóris da vaca também é estimulado a fim de aumentar a contração uterina.

De acordo com o Mercy For Animals, uma vaca leiteira vive entre 2 a 5 anos, enquanto que uma vivendo em condições naturais pode chegar até os 20 anos de idade.

Devido a repetição da inseminação artificial, o animal passa por um ciclo constante de gravidez, parto e lactação, até que se esgotem e morram.

Quando são consideradas “fora do prazo de validade” pela indústria, o animal é abatido – muitas vezes brutalmente a punhaladas, espancadas e arrastadas – para que sua carne vire matéria-prima para hambúrgueres.

Bezerros sem mãe

Vimos que uma vaca leiteira dá à luz diversas vezes durante a sua vida e, em todas elas, não pode apreciar a companhia de seu filhote, ficando desoladas e tristes por não poder amamentar e cuidar do recém-nascido.

Assim que nascem, os animais são retirados de perto de suas genitoras e mantidos em baias individuais apertadas, que impossibilita a movimentação física deles.

Essa separação faz com que as vacas e bezerros mujam (chorem) por horas ou mesmo dias, sentindo a falta um do outro. Consegue imaginar esse sofrimento?

O objetivo desse sistema de criação é para que a carne do bezerro fique “macia” e, após o abate, seja convertida em baby-beef.

Já as bezerras serão destinadas a produção do leite e após a vacinação contra brucelose (doença infecciosa que pode provocar aborto), elas recebem marcação com ferro em brasa na face, para identificar que foram vacinadas.

Produção de coalho de origem animal

O coalho, uma enzima (renina ou quimosina) utilizada na produção de queijos, também envolve crueldade animal.

Ainda que existam opções de origem química-genética/microbiano, feitas a partir da manipulação de micro-organismos em laboratório, a de origem animal é a mais tradicional do mercado.

O coalho da enzima quimosina, utilizado pelas indústrias de lacticínios e produtores de queijos, é extraído do estômago de bezerros recém-nascidos. Essa produção está ligada geralmente à exploração de vitelos, mas pode ser obtida de bois e porcos também.

Como não costuma vir discriminado nos rótulos a origem do coalho utilizado no queijo, o ideal para não colaborar com essa crueldade é consumir queijo vegetal.

Produção excessiva de leite

Para agravar mais todo o sofrimento, a manipulação genética faz com que as vacas produzam uma quantidade de leite muito maior do que seria se vivessem na natureza.

A produção antinatural combinada com a utilização de equipamentos de ordenha, provocam machucados nas tetas dos animais, além de gerar uma grave e dolorosa infecção mamária chamada mastite.

Essa infecção é uma das causas de adoecimento e morte de grande quantidade de vacas leiteiras. Além disso, acaba gerando um pus/secreção que sai das mamas do animal e vai direto para o leite. Como não há maneiras de separar a secreção da bebida, o produto acaba indo dessa forma para o mercado.

De acordo com a legislação brasileira, a quantidade permitida de pus é de 1 milhão de células por ml, porém, é mais que o dobro da quantidade permitida na União Europeia, de 400 mil células por ml. Ou seja, leite de origem animal vendido para consumo, na verdade, contém pus, oriundo da inflamação das tetas da vaca.

Degradação do meio ambiente

Já não fosse exploração demais com os animais, as indústrias leiteiras não tomam os devidos cuidados com os excrementos das vacas. E, por não receberem tratamento adequado, acabam parando em rios ou nos lençóis freáticos (no subsolo), poluindo o meio ambiente.

Para melhorar esse cenário, cientistas já estão desenvolvendo um banheiro para as vacas urinarem. Tudo isso não para o conforto das vacas, que poderão ficar ainda mais subjugadas, mas sim para melhorar o desempenho da indústria exploradora.

Vídeo de exploração de vacas e bezerros

Este vídeo foi publicado originalmente em inglês no canal World of Vegan e compartilhado no canal Natureza em Forma com dublagem em português feita pelo Fala Veegan.

Por meio de uma história desenhada, a narrativa descortina a falta de escrúpulos da indústria de leite e laticínios, mostrando como é realmente a vida das vacas e bezerros criados nesses locais:

Repense seu consumo!

Todos os animais merecem seu amor e respeito. Desde os mais domesticados até os mais selvagens, todos possuem sentimentos, por isso não deveriam ser tratados como mercadorias para serem vendidos ou consumidos.

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