Descobrir uma nova espécie de animal é um momento especial para cientistas, mesmo quando um exemplar pula para dentro do acampamento e se oferece para ser descoberto.
Uma equipe internacional de pesquisadores acampava nas montanhas Foja, da Indonésia, quando o herpetólogo Paul Oliver avistou um sapo sentado em um saco de arroz do acampamento.
Uma análise mais atenta revelou que se tratava de um tipo até então desconhecido de sapo de nariz comprido. Os cientistas apelidaram-no de Pinóquio.
Quando o sapo está emitindo seu chamado, o nariz aponta para cima; mas murcha quando o animal está menos ativo.
E o Pinóquio não foi a única descoberta. Os pesquisadores informam ainda que encontraram o menor canguru já visto, um grande rato lanudo, um pombo de três dedos e um lagarto de olhos amarelos.
As montanhas Foja ficam no lado oeste da ilha da Nova Guiné, uma parte da Indonésia que foi pouco visitada por cientistas. Por isso, o grupo da Conservation International, com apoio da National Geographic Society e da Smithsonian Institution começou a investigar a área.
Os resultados da expedição de 2008 foram anunciados nesta segunda-feira, 17. Milensky disse que a expedição foi extremamente difícil.
“Estava muito úmido, com chuvas pesadas todos os dias”, disse ele. “O acampamento virou um atoleiro de lama”.
Kristofer M. Helgen, curador de mamíferos do Museus de História Natural do Smithsonian, disse que um dos animais mais fantásticos que os pesquisadores observaram foi um raro canguru arbóreo de manto dourado.
E embora o canguru das árvores já tivesse sido observado antes, em raras ocasiões, Helgen também descobriu o que pode ser o menor membro da família dos cangurus, um minúsculo animal também adaptado à vida nas árvores.
Com informações do Estadão