A maioria dos peixes reproduz-se através de ovos que são depositados no meio ambiente em condições ideais ao desenvolvimento do embrião, mas há algumas exceções, com algumas espécies dando à luz pequenos peixes totalmente desenvolvidos.
Entre estas espécies há uma em particular que sempre intrigou os cientistas. Com efeito, a Zoarces viviparus, que ocorre nas águas costeiras do canal da Mancha ao Mar Báltico e Norte do Mar Branco, é uma espécie vivípara que prolonga a gestação para além do que é normal atingindo os 6 meses.
Até o momento se desconhecia o que permitia às fêmeas desta espécie ter uma gestação tão longa, mecanismo que foi descoberto por cientistas dinamarqueses, que revelam que a reprodução desse peixe é singular na medida em que a progenitora “amamenta” a prole ainda dentro do seu organismo.
Com efeito, os investigadores da Universidade de Copenhague descobriram que, após o esgotamento dos recursos nutritivos do ovo, cada pequeno embrião estabelece uma estreita ligação com um folículo produzido pelo ovário materno que lhe fornece alimento e oxigênio até ao final da gestação.
Este fenômeno, embora de natureza distinta, tem algumas semelhanças com a “amamentação” que é característica exclusiva dos mamíferos e que permite às fêmeas continuar a alimentar as crias com o seu leite produzido pelas glândulas mamárias já depois do seu nascimento.
Fonte: Naturlink