Exames laboratoriais vindos de São Paulo descartam a possibilidade de que a causa da morte de milhares de peixes ocorrida no dia 31 de janeiro deste ano tenha sido decorrente do uso de agrotóxicos.
Conforme Luiz Mário, gerente de controle de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), o resultado vem a confirmar as preliminares apresentadas no início de fevereiro de que a morte ocorreu por conta de um fenômeno anual denominado “decoada”.
“Baixo nível de oxigênio, grande quantidade de gás carbônico, temperatura a 30°C graus e alta quantidade de matéria orgânica encontrada na água são características do fenômeno “decoada”, diz Luiz Mário.
Foram coletadas somente amostras de água nas duas bacias do pantanal onde foram encontradas quase uma tonelada de peixes mortos. Pelo fato de já estarem em decomposição não foi necessário coletar amostra do peixe.
Luiz Mário destaca ainda que a população ribeirinha se alimentou dos peixes e não tiveram problema de saúde, o que afirma o resultado laboratorial. Além dos ribeirinhos, jacarés e outros animais também chegaram a se alimentar dos peixes.
Após três dias da coleta das amostras, as bacias já apontavam normalidade no que se refere a vida dos peixes. O ambiente já deu início à recomposição das espécies, sinal de que o local estava se recuperando do fenômeno.
O rio Negro é um dos principais rios pantaneiros, responsável pela formação da sub-bacia do Rio Negro. É considerado berçário de reprodução de peixes. Em diversas fazendas por onde passa, o rio é protegido contra a pesca.
Fonte: Capital News