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NECROPOLÍTICA

Desapropriação de terras indígenas cresce na América Latina

6 de agosto de 2021
Caroline Farias | Redação ANDA
1 min. de leitura
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Foto: APIB

Mesmo em meio à pandemia da covid-19, a desapropriação de terras indígenas continuou com a mesma intensidade, causando grande preocupação inclusive na esfera ambiental.

Em 2018, o primeiro relatório de “Os donos da Terra” denunciava que o agronegócio concentrou em suas mãos 88 milhões de hectares de terra e em 2020 este fenômeno atingiu e ultrapassou 93 milhões de hectares, tomadas das populações locais. Praticamente um território tão grande quanto a França e a Alemanha e que não conhece limites de exploração.

Na introdução ao documento a presidente da Federação, Ivana Borsotto, destaca a ligação entre o fenômeno e um sistema de desenvolvimento que “destrói e produz resíduos” e que “gera nas pessoas do mundo ocidental novas necessidades inúteis, funcionais à manutenção do próprio sistema”, sendo assim, a desapropriação da terra afeta as comunidades mais vulneráveis e economicamente frágeis.

“A desapropriação das terras é operada por empresas multinacionais privadas, mas também por grandes protagonistas públicos. Nos últimos 20 anos, os investimentos de muitos Estados neste setor têm crescido, em particular pela China e Índia, também através de fundos soberanos. Eles tomam posse de terras onde já vivem agricultores e povos indígenas e, no melhor dos casos, eles conseguem ficar lá sem acesso a recursos, enquanto no pior dos casos são expulsos e deslocados”, afirma Andrea Stocchiero, responsável pela política da Fundação ao Vatican News.

Visto isso, é necessário que haja maior preocupação legislativa com a ocupação destas terras, somente com a obrigatoriedade de preservação, é que haverá maior atenção à natureza em contrapartida às empresas e grandes corporações.

 

 

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