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Desacelerar o crescimento da população humana salvaria animais

24 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Panorama urbano de Hong Kong, China. Fonte: Flickr/BeingGreenOnline

Por Lobo Pasolini (da Redação)

Um novo estudo concluiu que diminuir o crescimento da população humana reduziria as emissões de gases que causam o efeito estufa em um terço, a quantidade necessária para evitar uma mudança climática catastrófica.

Hoje a população é de cerca de 6.9 bilhões de pessoas no mundo e em 2050 a estimativa é que este número chegue a nove bilhões. Segundo um artigo publicado pelo Center for Biological Diversity (Centro da Diversidade Biológica), se houverem 7.4 bilhões de pessoas em 2050 ao invés de nove, nós poderíamos diminuir em 2.5 bilhões de metros cúbicos de carbono, um dos gases que retém calor na atmosfera.

A superpopulação é uma séria questão de direitos animais porque ela causa diretamente desflorestamento, desertificação, mudança climática, poluição e uma série de outros problemas que matam e desalojam animais silvestres, sem mencionar a matança direta de animais para transformá-los em comida.

Consumo exagerado é uma outra fonte significante de emissões. Segundo David Satterthwaite, um dos integrantes do International Institute for Environment and Development em Londres, “é em países desenvolvidos onde se notam aumentos enormes em emissões, apesar da população lá não ter crescido muito.”

Outras questões que influenciam o aumento de emissões são o envelhecimento da população, urbanização e a variação do número de pessoas por casa.

Veganismo

Em seu livro Bringing Animals Theory Down To Earth, a advogada americana Lee Hall toca no assunto de superpopulação e reitera que se trata de uma questão vegana também. Embora ela não faça recomendações sobre o que um vegano deva fazer na prática, além de discutir o assunto, a conclusão a que se chega é que não procriar é aconselhável.

Lee diz que os únicos animais que podem por na prática uma teoria de direitos animais, isso é, serem livres e autônomos, são os animais selvagens. Mas para que eles possam exercer esse direito, eles precisam ter seus habitats preservados, o que a superpopulação humana coloca em alto risco de não acontecer.

O veganismo contribui para isso por diminuir a demanda por produtos da agricultura animal, que provem de populações artificiais de animais que não existiriam se conseguíssemos abolir as indústrias que os exploram. Evitar a procriação de animais domésticos, como cães e gatos, também contribui para diminuir demanda por produtos feitos com o corpo de outros animais, que por sua vez ocupam o espaço que deveria ser populado por animais silvestres.

Com informações de Animalrights.about.com

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