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Desabrigados do terremoto na Itália partilham comida com seus cães

9 de abril de 2009
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Há quem não tenha mais nada a não ser o seu melhor amigo. Giuseppe Buzi caminhava sem destino, agarrado a um cão castanho, cuja raça não me soube dizer. “O sismo destruiu-me a casa. O Blacky é tudo o que me resta”.
Há dezenas de cães passeando por todo o campo de desalojados. Uns vagueiam sem trela, outros acompanham de perto os donos. Há alguns ainda que ficam guardando a tenda onde dormem. Tem sido um dos divertimentos das crianças. Junto à zona dos palhaços, dois pequenos cães tentavam escapar à insistência de um menino. A mãe olhava-os deliciada. “O meu filho até está mais feliz desde que viu aqui os dois cães. Ajuda a esquecer-se de onde está”.
Há pouca comida, mas quem tem um cão partilha com ele o que conseguiu nas bancas de distribuição. Um prato de massa, fruta, sandes e água é o menu dividido. “Não podia de maneira nenhuma abandoná-lo”, resume Maria di Matteo, agarrada ao seu rafeiro preto minúsculo.
Fonte: Jornal de Notícias

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