No Porto de Baltimore, nos Estados Unidos, as autoridades têm se mobilizado em diferentes frentes para frear o avanço de uma mancha de óleo formada pelo derramamento de 2 mil galões de diesel na água. Por enquanto, o material está contido na região da marina, mas a preocupação principal é com relação à saúde e ao bem-estar da fauna.
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O vazamento ocorreu na quarta-feira (04/06) à noite em um oleoduto que atende o Hospital Johns Hopkins, a cerca de 2,1 km do porto, segundo informa a Guarda Costeira dos EUA, em comunicado.
Com foco imediato na limpeza, as causas por trás do acidente serão investigadas em breve. Além da aplicação de multa, é possível que os responsáveis sofram com outros tipos de penalidades.
Resgate da fauna
Segundo a Tribune Content Agency, até o momento, 25 gansos e patos já foram resgatados, bem como três tartarugas. Os espécimes afetados estão sendo transferidos para o Tri-State Bird Rescue & Research, um serviço de proteção a animais selvagens em Newark, onde eles serão reabilitados antes de serem soltos de volta à natureza.
FUEL SPILL AFTERMATH: @MarylandDNR officials are saving ducks, geese, turtles and other animals affected by the fuel spill in Harbor East. Follow updates from @TommieClarkWBAL: https://t.co/AjO5tm5Qm6 pic.twitter.com/I18Lw0NFyJ
— WBAL-TV 11 Baltimore (@wbaltv11) June 5, 2025
Animais atingidos por derrames de petróleo tendem a ter um aumento de quatro vezes em sua taxa metabólica, o que implica em um gasto excessivo de reservas de energia e altos níveis de estresse, lembra a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Eles também estão sujeitos à perda excessiva de temperatura corpórea (hipotermia), queimaduras, irritações e ulcerações na pele.
Esforços para incentivar habitats seguros para a vida selvagem perto do porto vêm sendo realizados há décadas. “Este é um ambiente onde a vida está voltando a florescer, então, faremos tudo o que pudermos para manter isso assim”, afirma James Piper Bond, CEO da Living Classrooms, empresa responsável pelo espaço, ao canal de TV local WBAL.
Ao portal Baltimore Fishbowl, o Aquário Nacional, que fica bem próximo ao porto, afirmou que não observou nenhuma consequência direta do derramamento nos habitats naturais em seu entorno: “Nosso time observou fezes frescas das lontras pela manhã de quinta (5), o que significa que elas estavam por aqui durante a noite, sem contato com o óleo vazado na quarta (4)”.
Retirada do material da água
As equipes têm usado aspiradores e materiais absorventes para remover o óleo da água. Os especialistas também estão usando barreiras para conter o diesel e evitar que ele se espalhe para outras partes do porto.
Por enquanto, 18 mil galões de mistura de óleo e água, e cerca de 400 galões foram capturados por sorventes. A informação foi cedida por Geoffrey Donahue, diretor do Departamento de Meio Ambiente de Maryland, em entrevista ao Baltimore Fishbowl.
Fonte: Revista Galileu