Deputados federais, estaduais e vereadores de São Roque se reuniram na tarde desta sexta-feira (25) para pedir ao Ministério público que envie à Justiça um pedido de cassação do alvará de funcionamento do Instituto Royal, sediado em São Roque. A informação é do prefeito da cidade, Daniel de Oliveira Costa (PMDB).
Parlamentares que foram hoje à cidade integram a comissão externa criada pela Câmara dos Deputados, em Brasília, para fiscalizar e acompanhar o trabalho do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil no caso das denúncias de maus-tratos supostamente praticados pelo laboratório aos animais utilizados em testes. Compareceram os deputados federais Protógenes Queiroz (PCdoB), que coordena a comissão, Iara Bernardi (PT), Ricardo Izar Júnior (PSD) e Ricardo Tripoli (PSDB). Também participou do grupo o autor do projeto que visa proibir o uso de cobaias animais no território paulista, o deputado estadual Feliciano Filho (PEN), além de vereadores de São Roque.
Eles se reuniram por três horas no gabinete do prefeito de São Roque. Em seguida, estiveram no Fórum da cidade, onde pretendiam pedir ao promotor Wilson Velasco requerimento à Justiça para determinar a cassação do alvará que mantém o instituto em funcionamento.
Os deputados informaram que o pedido se baseia em informações divulgadas na imprensa que evidenciariam sinais de maus-tratos nos cães retirados do instituto. Entre os quais, o caso de um cachorro com a língua parcialmente mutilada e o de outro que não conseguia abrir a boca por ter os dentes caninos colados.
Aos parlamentares, Daniel de Oliveira Costa afirmou que só caberá à prefeitura aceitar a determinação da justiça, na eventualidade de o juiz decidir pela cassação.
Após a reunião com a promotoria, os deputados informaram à imprensa que as reuniões têm por objetivo coletar documentos sobre o caso, tanto da prefeitura quanto do inquérito civil instaurado há mais de um ano pelo MP para investigar denúncias de maus-tratos supostamente praticados pelo Instituto. Depois da ida ao fórum, a frente de trabalho retornou à prefeitura para ter acesso a documentos da Vigilância Sanitária relacionados ao instituto.
Fonte: Cruzeiro do Sul