(da Redação)
Em função das mortes e reações adversas sofridas por muitos animais que receberam a vacinação antirrábica, o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) está cobrando explicações do Ministério da Saúde. Em ofício enviado ao Ministério, o parlamentar paulista solicitou esclarecimentos com todos os dados envolvendo a aprovação da vacina.
Os fabricantes fornecem para a rede particular vacinas em doses únicas (1 ml por frasco), mas para a campanha pública a vacina é embalada em frascos de 25 ml (25 doses), e necessita do acréscimo de substâncias para estabilizar e conservar o produto (adjuvantes e conservantes).
Suspeita-se que o adjuvante (hidróxido de alumínio) ou os conservantes (saponinas e thimerosal) possam ter provocado problemas para os cães e gatos (convulsões, falta de ar, prostração, dor, perda de apetite) e até levado muitos a óbito. A garantia da funcionalidade da vacina é um dos principais aspectos que o deputado pretende esclarecer.
Além disso, o Ministério está sendo questionado sobre qual laboratório (Tecpar ou Biovet) produziu os 31 milhões de doses comprados pelo Governo, e qual empresa ou órgão público foi o responsável pelo esquema de distribuição para todos os estados. A vacinação continua em várias regiões do país, mas permanece suspensa no estado de São Paulo, depois do registro de um número anormal de ocorrências adversas em Guarulhos e na capital.