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Deputado diz que vai até às últimas consequências com beagles que adotou após resgate

22 de outubro de 2013
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Tripoli com uma das cadelas localizadas no sábado. (Foto: Reprodução/Facebook)
Tripoli com uma das cadelas localizadas no sábado. (Foto: Reprodução/Facebook)

“Vou às últimas consequências. Seja qual for a instância do Judiciário que eu tenha que ir para mantê-las conosco”. A afirmação é do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que se tornou “fiel depositário” das duas cadelas da raça Beagle encontradas no bairro do Carmo, em São Roque, Grande São Paulo, no sábado (19). A suspeita é de que elas estejam entre os 178 cães retirados do Instituto Royal durante ação de ativistas na madrugada de sexta-feira (18).

As beagles, “batizadas” de Bianca e Giovanna – nomes das filhas do deputado – ficarão sob a responsabilidade de Tripoli até que a Justiça defina o destino delas. Ele diz que se houver alguma decisão judicial no sentido de devolvê-las ao instituto pretende recorrer.

O deputado, que é coordenador de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, estava na delegacia de São Roque, acompanhando um advogado ativista que havia sido atingido por um tiro de borracha durante a manifestação de sábado, no Km 56 da rodovia Raposo Tavares, nas proximidades do Instituto Royal, quando policiais civis chegaram com os cães.

“Fizemos um Termo Circunstanciado e os animais vieram comigo. Levamos a um veterinário, que fez uma primeira análise delas. Elas vão ter que passar por exames mais detalhados, para ver se não tem algum tipo de complicação”.

Bianca e Giovanna ficarão durante o dia no escritório do parlamentar e, à noite, irão para casa com ele.

“Acho que elas eram utilizadas no [Instituto] Royal para procriação, porque são bem grandonas. Como ficavam muito confinadas, só se alimentando… Elas estão, aqui, comigo. Andam pelo escritório para cima e para baixo”.

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De acordo com o deputado, as cadelas, que receberam vermifugos e alimentação balanceada, começam a dar sinais de que estão se adaptando à nova rotina, mas no começo estranharam.

“Quando elas chegaram ao escritório e colocamos as duas na grama, elas não conseguiam pôr a pata, porque acho que nunca haviam pisado em grama. Viveram confinadas durante muitos anos. A veterinária estima que uma tenha seis e outra, oito anos”.

Denúncia de maus-tratos

Tripoli conta que teve notícias de que entre os beagles retirados do Instituto Royal durante a ação de sexta-feira, havia animais com ferimentos.

“Tinha animal cego, com língua cortada, com pelo queimado, tinha de tudo”.

O deputado informou que vai solicitar, nesta terça-feira (22), ao presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal uma audiência pública sobre o caso. Ele vai sugerir ainda que uma comissão externa seja montada para “averiguação dos fatos” e os envolvidos sejam ouvidos.

Os animais foram retirados do instituto pelos ativistas sob a alegação de que sofriam maus-tratos durante os testes de produtos farmacêuticos a que eram submetidos. A polícia abriu inquérito por furto e informou que quem adotar os beagles poderá responder por receptação.

Fonte: R7

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