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APRISIONADA EM ZOO

Depois de sete meses de luto, chimpanzé Natalia liberta o corpo do seu bebê morto

2 de outubro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reuters

A história de Natalia, uma chimpanzé que vive no zoo Bioparc Valencia, em Valência, Espanha, revela o profundo sofrimento emocional que os animais em cativeiro enfrentam. Natalia perdeu seu bebê apenas 14 dias após o nascimento, em fevereiro, e passou por um doloroso luto que durou sete meses. Durante todo esse tempo, ela carregou o corpo do filhote morto, incapaz de se separar do ser que tanto amava. Essa expressão de dor não é um caso isolado, mas sim uma prova clara de que os chimpanzés, como tantos outros animais, são seres sencientes, capazes de sentimentos profundos de tristeza e apego.

O zoológico, ao observar o comportamento de Natalia, decidiu não intervir, deixando que ela seguisse seu processo de luto de forma “natural”. Mas quão natural pode ser um luto que ocorre dentro dos muros de um cativeiro? O sofrimento de Natalia não termina com a morte de seu filhote, mas se agrava pela condição artificial em que é obrigada a viver. Embora tenha recebido apoio de outros membros do grupo, a realidade cruel é que nenhum vínculo social pode compensar a perda de liberdade e a separação de um ambiente que seria mais adequado às suas necessidades emocionais e físicas.

O comportamento de carregar o corpo do filhote morto também é observado entre chimpanzés em liberdade, o que reforça ainda mais a senciência desses animais. Eles não apenas experimentaram emoções, mas vivenciaram o luto de uma maneira que reflete a profundidade dos laços familiares.

Apesar de muitos visitantes sentirem empatia por Natalia, é crucial ter em conta que a verdadeira empatia vai além de observar o sofrimento. Ela exige uma reflexão sobre o que significa manter animais sencientes presos, privados de seu espaço e autonomia.

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