EnglishEspañolPortuguês

Dentista americano que matou Cecil também pretendia matar elefante

2 de agosto de 2015
3 min. de leitura
A-
A+

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O dentista americano Walter Palmer, de 55 anos, responsável pela morte do leão Cecil, pretendia ainda matar um “elefante bem grande” durante uma caçada no Zimbábue, contou seu guia a um jornal inglês.
“Eu disse que só encontraríamos um elefante bem pequeno, então ele desistiu e foi embora no dia seguinte”, afirmou Theo Bronkhorst ao jornal inglês The Telegraph.
De acordo com Bronkhorst, que liderou a caçada ao leão mais famoso do Zimbábue, a expedição “estava fadada ao fracasso desde o começo” porque eles estavam atrasados para se posicionar para a caça e inicialmente não pretendiam caçar um leão na propriedade em que Cecil foi morto.
Bronkhorst também disse ao jornal que o grupo só se deu conta de que Cecil era um animal “protegido” após sua morte. O guia então escondeu sua coleira (que permitia aos pesquisadores acompanhar seu deslocamento), antes de cortar sua cabeça e tirar sua pele para que se transformasse em um troféu para a coleção do dentista Walter Palmer.
Ele afirmou que mais tarde comunicou o fato às autoridades responsáveis pelos parques e reservas do Zimbábue.
“Eu fiquei arrasado. Eu não consegui ver a coleira à noite. Nunca teria permitido que atirassem em um animal com coleira. Eu fiquei arrasado, assim como meu cliente, nós dois ficamos transtornados, eu entrei em pânico e tirei a coleira e a coloquei numa árvore. Eu deveria ter levado para a administração do parque, eu admito que errei”.
“Então nós fizemos aquilo que tinha de ser feito. Tiramos a cabeça e a pele, já que o cliente havia pago pelo troféu. Eu fui até o parque depois e informei o que havia acontecido. Pena que não levei a coleira”, contou.
Bronkhorst deve ser acusado formalmente e responder na justiça por sua participação na morte do leão.
As autoridades do Zimbábue já pediram a extradição do dentista Walter Palmer, para que ele preste esclarecimentos sobre a caçada, antes de decidir se ele será processado. Palmer teria pagado US$ 50 mil (cerca de R$ 180 mil) para matar um leão, quantia que seria ainda maior caso ele tivesse conseguido matar também um elefante.
O caçador mais procurado do mundo afirmou que havia contratado guias locais e pagou para garantir que todos os trâmites legais fossem feitos de acordo com a lei. Em uma carta endereçada a seus pacientes e divulgada pelo canal Fox 9, ele lamentou “quaisquer inconveniências” causadas a seus pacientes e disse que, em seu conhecimento, estava caçando um animal dentro da lei.
A clínica onde Palmer faz atendimento, River Bluff, na cidade de Bloomington, em Minesotta, foi cercada por ativistas pelos direitos animais, que protestam contra a morte do leão Cecil e o acusam de ser um “assassino em série”. Até a atriz francesa Brigitte Bardot, famosa por defender os animais, pediu que as autoridades não poupem o caçador.
Fonte: Época Negócios

Você viu?

Ir para o topo