A Polícia Civil, através da Divisão Especializada em Meio Ambiente (DEMA), resgatou no primeiro semestre deste ano 73 animais da fauna silvestre paraense. Eles seriam comercializados de forma ilegal. A maioria foi encontrada em feiras livres situadas na Região Metropolitana de Belém. Os responsáveis pelo comércio ilegal foram autuados pelo crime e vão responder o processo na Justiça. Entre os animais resgatados, estão curiós, macacos-pregos, sabiás e papagaios da espécie anacã.
O delegado Aurélio Paiva, diretor da DEMA, explica que os animais eram destinados não só ao comércio local, mas também ao tráfico internacional. Parte deles foi encontrado em poder de atravessadores, ou seja, pessoas que obtêm os animais geralmente no interior do Estado e os revendem a terceiros na capital, de forma clandestina. Os animais, principalmente os pássaros, são as maiores vítimas dos traficantes.
Além da Região Metropolitana, a DEMA resgatou animais silvestres em municípios do interior, como Abaetetuba, no nordeste do Estado. A maior apreensão do ano aconteceu em janeiro, quando 28 curiós foram encontrados no porto Quaresma, na Avenida Bernardo Sayão, bairro do Guamá, em Belém. Os pássaros, da espécie Oryzoborus angolensis, foram capturados em Abaetetuba e tinham como destino a região do Oiapoque, no Amapá.
A pessoa responsável pelo transporte dos animais foi autuada criminalmente e administrativamente pelo IBAMA, que aplicou multa de R$ 14 mil. O crime de comércio ilegal de animais da fauna silvestre é previsto no artigo 29, da Lei de Crimes Ambientais nº. 9.605/98. A pena prevista para quem comete o crime é de detenção de seis meses a um ano e multa. São agravantes para a pena, se o crime for praticado contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, se elas estiverem no interior de unidade de conservação ou se forem capturadas no exercício de caça.
Com informações do Diário do Pará