O envenenamento de sete cães no bairro Passo D’areia, na zona norte de Porto Alegre, virou caso de polícia. Na tarde desta segunda-feira (21), a delegada interina da 9ª DP, Vandi Lemos Tatschi, visitou a região para tentar esclarecer o caso.
De acordo com Vandi, a morte dos animais se constitui em um crime de menor poder ofensivo. Porém, caso fique provado que a prática ocorre de forma recorrente, como alega a dona da casa onde moravam os cães, a pena aos culpados pode ser mais pesada.
“Situações como essa ocorrem o tempo todo, mas o que chama a atenção é que as vítimas alegam que isso ocorre há muito tempo na mesma casa. E realmente confirmamos quatro ocorrências registradas por eles pelo mesmo motivo”, diz.
Assista ao vídeo com depoimentos dos tutores dos cães e da delegada:
A Polícia já trabalha com um suspeito. Seria uma pessoa que mora nas redondezas da casa onde viviam os cães. A delegada explicou que foi até o local para tentar coletar materiais que pudessem comprovar o envenenamento. A tentativa não se confirmou, pois os donos da casa limparam todo o pátio temendo a contaminação dos outros animais que vivem na residência.
“Não podemos entrar em maiores detalhes sobre o caso, mas estamos investigando uma pessoa. Não há nada que justifique essa brutalidade com os animais, caso fique provado que foi alguém que os matou de forma proposital”, disse.
Filhotes recebem cuidados
A vendedora autônoma Carla Genro, 27 anos, abriu mão do trabalho nesta segunda-feira. O motivo da folga forçada são seis filhotes de cachorro, que ficaram sem a mãe, envenenada junto com outros seis animais na noite desta sábado. Ela preferiu ficar em casa para cuidar da ninhada, que agora é alimentada por leite de vaca.
“Não temos como deixar os cachorrinhos sozinhos neste momento. Eles precisam da nossa ajuda e, além disso, estamos morrendo de medo que alguém faça maldade com eles. Não estamos nem dormindo direito. Acordamos de madrugada para ver se eles estão bem”, conta.
Fonte: Zero Hora
Nota da Redação: Não é de se estranhar que uma sociedade que mata para comer, e por vezes para se divertir, considere a morte de animais um “crime de menor poder ofensivo”. Toda vida importa e todo assassinato de animais deve ser investigado e punido.