A delegada do setor de Proteção aos animais, Rosana Mortari, informou nesta sexta-feira(18) que há suspeitas de que as capivaras confinadas no Parque do Lago do Café, em Campinas (SP) não tenham sido devidamente separadas, em grupos de machos e fêmeas, para prevenir a procriação antes do sacrifício. O motivo da suspeita é foi a localização de um filhote de capivara no parque.
A Justiça concedeu uma liminar impedindo que o filhote seja abatido, mas depois da decisão o animal não foi mais localizado.Há uma semana um grupo de animais foi submetido à eutanásia como medida recomendada por especialistas para conter a proliferação do parasita transmissor da febre maculosa, o carrapato-estrela.
A delegada Rosana Mortari abriu inquérito para investigar se os animais sacrificados com licença do Ibama sofreram maus-tratos. Segundo ela, foram encontrados alimentos velhos misturados a sacos plásticos no local onde as capivaras estavam confinadas.
Ainda de acordo com a delegada, a polícia deveria ter acompanhado a eutanásia para verificar se os animais foram sacrificados de acordo com as normas estabelecidas pelo Ibama, mas não teria sido avisada da data e horário do procedimento.
A prefeitura de Campinas informou que não reconhece as denúncias de maus-tratos e nem a presença de um filhote de capivara no local. Segundo a assessoria de imprensa do município, tudo foi feito de acordo com a determinação dos órgãos ambientais. Três funcionários do parque morreram por causa da doença e o local está fechado ao público há dois anos.
Fonte: EPTV