A partir desse termo circunstanciado, a delegada deve chamar algumas pessoas para depor nos próximos dias e aguarda também o resultado dos laudos, que foram feitos no Lago do Café para concluir a investigação paralela sobre maus-tratos.
As capivaras que estavam confinadas no Lago do Café, em Campinas, foram sacrificadas no último dia 12, em uma operação que envolveu técnicos da Vigilância Sanitária e de setores da prefeitura municipal. O processo de eutanásia, realizado entre as 16h e 21h, foi realizado por pelo menos 25 pessoas. De acordo com a prefeitura, não foi divulgado com antecedência por se tratar de “assunto técnico, em que não é necessário avisar a população”.
Entre 2006 e 2008, três funcionários da prefeitura que trabalhavam no Lago do Café morreram com febre maculosa. O parque, uma das principais áreas de lazer de Campinas, foi interditado por causa da infecção do carrapato-estrela. Nos últimos dois anos, foram registradas sete mortes por febre maculosa na cidade.
No dia seguinte ao sacrifício, representantes do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas, do Peta, da Associação de Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) e dos Ativistas Veganos Independentes usaram cruzes, cartazes e acenderam velas, para informar a população sobre a morte das capivaras.
No dia do sacrifício, pelo menos 30 pessoas, representantes do conselho e de outras entidades de proteção dos animais, foram até o Lago do Café, depois de serem avisados por moradores vizinhos sobre o caso. O grupo, no entanto, foi impedido de entrar pela Guarda Municipal, que chegou a jogar gás de pimenta, de acordo com o presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais.
Fonte: Globo