A Delegacia de Proteção aos Animais de Ribeirão Preto (SP) recebe em média 60 denúncias mensais de maus-tratos. Segundo o delegado Marcos César Borges, a pena para esse tipo de crime é de três meses a um ano de detenção, além de multa. Porém, para ele a punição é pequena para evitar a prática. “Creio que deveria haver uma revisão na Legislação para que a pena se torne mais severa”, afirma.
Em 2010, a ocorrência mais grave registrada na delegacia foi o extermínio de gatos no Morro do São Bento. Ao todo, 39 gatos, seis gambás e uma cadela morreram envenenados com chumbinho. O responsável pelo extermínio não foi preso. Atualmente, as ONG’s de proteção animal acreditam que 30 felinos estão vivendo no local.
De acordo com o delegado, a falta de estrutura da cidade é outro fator que contribui para o problema ser maior. Em outubro do ano passado, a polícia fechou um canil, onde cachorros magros e doentes eram alugados como cão de guarda. No local, faltava ração e água, no entanto, os animais foram devolvidos para o tutor, pois o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) não tinha espaço para recebê-los.
Agressões
Em uma das ONG’s de proteção animal, que há 15 anos atua na cidade, cerca de 100 animais que precisam de tratamentos e até de cirurgias são atendidos por mês. Alguns casos precisam ser registrados na delegacia.
Segundo a presidente da ONG, Maria Cristina Dias, os animais chegam com ferimentos provocados desde chutes até queimaduras com água.
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Fonte: EP Ribeirão